Mais uma notícia absurda que demonstra o grau de ignorância dos brasileiros. Notícia que não foi veiculada em nenhum jornal, em nenhuma televisão, em nenhum meio de comunicação, porque não dá ibope. Depois faço outros comentários. Na verdade, é um depoimento pessoal que recebi por e-mail, mas que é por conseguinte uma notícia.
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Olá Pessoal! Eu e meu marido moramos em Itajaí e passamos por uma situação
este dia 10 de junho (sexta-feira) que gostaríamos de contar.
Por saber que o boca a boca é a melhor (ou pior) propaganda, envio este
e-mail a todos que conheço. Somos voluntários da Escola de Cães Guias Helen
Keller de Balneário Camboriu. A Escola está na cidade desde 2005, já
entregou 3 cães gratuitamente aos cegos inscritos no programa e está
treinando mais 10. Contamos com a competência do instrutor Fabiano Pereira,
o único no país com formação neste treinamento pela Federação Internacional
das Escolas de Cães Guias, para o adestramento destes cães.
O papel do voluntário na escola é ficar com o cão dos 2 meses até 1
ano e meio socializando-o, ou seja, nós o levamos em diversos locais para
que se adapte às situações, garantindo sua preparação antes de ser entregue
ao deficiente visual.
Para que isso ocorra da melhor maneira, foi criada a Lei Federal
11.126 e Decreto .904/2006, a qual assegura o direito, não somente do
deficiente visual, mas também do treinador e dos voluntários socializadores
a ingressar e permanecer em qualquer ambiente coletivo acompanhados de
cão-aprendiz. (Em anexo está a Lei na íntegra para que você tenha
conhecimento).
Munidos da lei e seguindo todos critérios que a mesma solicita, fomos jantar
na Casa das Sopas em Balneário Camboriú. Ao tentar entrar no estabelecimento
o funcionário que fica recepcionando os clientes não permitiu. Como já
estamos acostumados com a falta de informação, até mesmo por ser uma lei
nova no nosso país, explicamos com toda educação a nossa condição.
Resumindo, o funcionário foi extremamente grosseiro, solicitando que nos
retirássemos do local, afirmou que a carteira de identificação da Escola de
Cães que estávamos portando era falsa, repetindo a seguinte frase diversas
vezes:
"Vocês vem de Itajaí até aqui só pra arrumar confusão!" - a
qual eu respondia com delicadeza: "Não senhor, nós viemos até aqui porque a
sopa que vocês servem é excelente!".
Frustrados com a postura do funcionário, solicitamos contato com o
dono do estabelecimento, utilizando toda gentileza de pessoas civilizadas.
Meu marido tentou informar o dono sobre a lei e as penalidades àqueles que
não a cumprissem, mas foi em vão, o senhor Carlos não escutou nenhuma
palavra e repetia a frase:
"Cachorro não entra aqui!!
O que me deixa chateada não é a falta de informação das pessoas,
esta é completamente compreensível e conseguimos resolver com facilidade.
Mas o NÃO ACEITAR novas informações é lamentável. Estávamos com a
documentação correta, oferecendo a informação adequada para esta situação e,
além de não sermos ouvidos, fomos agredidos verbalmente por estas pessoas.
Foi absurdamente indelicada a maneira com que fomos tratados.
A cada dia que isso acontece, percebemos a importância do nosso papel, para
que o deficiente visual, quando receber o cão esteja com as portas abertas
para estes estabelecimentos. Muitas vezes me pego pensando:
"O que é mais difícil: treinar o cão a se comportar nos locais públicos ou
treinar as pessoas a receber com dignidade e respeito o deficiente visual
com sua "ferramenta de trabalho: o cão."
O meu objetivo em expor esta situação a você é informar outras
pessoas que o cão guia, mesmo acompanhado de seu treinador ou voluntário
socializador está assegurado PELA LEI FEDERAL a entrar em qualquer local
(shopping, padaria, farmácia, mercado, etc).
Para não reforçar o costume que temos de apenas criticar e não
elogiar, gostaria de finalizar este e-mail com o agradecimento sincero aos
locais que sempre nos deixam entrar com o cão aprendiz sem questionar e,
além disso, com um sorriso no rosto por saber a importância do trabalho:
Angeloni, Shopping Atlântico, Unimed Litoral, Gol, e tantas...
Gostaria de solicitar que todos encaminhassem este e-mail aos seus
contatos. Tendo em vista que a Escola pretende crescer e continuar ajudando
muitos outros deficientes visuais, teremos cada dia mais cães-guias
circulando pela cidade, as pessoas precisam conhecer!
Seria uma imensa gentileza e, sem dúvida alguma, compensaria a péssima
situação que tivemos que enfrentar esta sexta-feira.
Muito obrigada, desejamos muito sucesso e saúde a todos, estão
convidados a conhecer a Escola pelo site
www.caoguia.org.br
orkut e facebook.
este dia 10 de junho (sexta-feira) que gostaríamos de contar.
Por saber que o boca a boca é a melhor (ou pior) propaganda, envio este
e-mail a todos que conheço. Somos voluntários da Escola de Cães Guias Helen
Keller de Balneário Camboriu. A Escola está na cidade desde 2005, já
entregou 3 cães gratuitamente aos cegos inscritos no programa e está
treinando mais 10. Contamos com a competência do instrutor Fabiano Pereira,
o único no país com formação neste treinamento pela Federação Internacional
das Escolas de Cães Guias, para o adestramento destes cães.
O papel do voluntário na escola é ficar com o cão dos 2 meses até 1
ano e meio socializando-o, ou seja, nós o levamos em diversos locais para
que se adapte às situações, garantindo sua preparação antes de ser entregue
ao deficiente visual.
Para que isso ocorra da melhor maneira, foi criada a Lei Federal
11.126 e Decreto .904/2006, a qual assegura o direito, não somente do
deficiente visual, mas também do treinador e dos voluntários socializadores
a ingressar e permanecer em qualquer ambiente coletivo acompanhados de
cão-aprendiz. (Em anexo está a Lei na íntegra para que você tenha
conhecimento).
Munidos da lei e seguindo todos critérios que a mesma solicita, fomos jantar
na Casa das Sopas em Balneário Camboriú. Ao tentar entrar no estabelecimento
o funcionário que fica recepcionando os clientes não permitiu. Como já
estamos acostumados com a falta de informação, até mesmo por ser uma lei
nova no nosso país, explicamos com toda educação a nossa condição.
Resumindo, o funcionário foi extremamente grosseiro, solicitando que nos
retirássemos do local, afirmou que a carteira de identificação da Escola de
Cães que estávamos portando era falsa, repetindo a seguinte frase diversas
vezes:
"Vocês vem de Itajaí até aqui só pra arrumar confusão!" - a
qual eu respondia com delicadeza: "Não senhor, nós viemos até aqui porque a
sopa que vocês servem é excelente!".
Frustrados com a postura do funcionário, solicitamos contato com o
dono do estabelecimento, utilizando toda gentileza de pessoas civilizadas.
Meu marido tentou informar o dono sobre a lei e as penalidades àqueles que
não a cumprissem, mas foi em vão, o senhor Carlos não escutou nenhuma
palavra e repetia a frase:
"Cachorro não entra aqui!!
O que me deixa chateada não é a falta de informação das pessoas,
esta é completamente compreensível e conseguimos resolver com facilidade.
Mas o NÃO ACEITAR novas informações é lamentável. Estávamos com a
documentação correta, oferecendo a informação adequada para esta situação e,
além de não sermos ouvidos, fomos agredidos verbalmente por estas pessoas.
Foi absurdamente indelicada a maneira com que fomos tratados.
A cada dia que isso acontece, percebemos a importância do nosso papel, para
que o deficiente visual, quando receber o cão esteja com as portas abertas
para estes estabelecimentos. Muitas vezes me pego pensando:
"O que é mais difícil: treinar o cão a se comportar nos locais públicos ou
treinar as pessoas a receber com dignidade e respeito o deficiente visual
com sua "ferramenta de trabalho: o cão."
O meu objetivo em expor esta situação a você é informar outras
pessoas que o cão guia, mesmo acompanhado de seu treinador ou voluntário
socializador está assegurado PELA LEI FEDERAL a entrar em qualquer local
(shopping, padaria, farmácia, mercado, etc).
Para não reforçar o costume que temos de apenas criticar e não
elogiar, gostaria de finalizar este e-mail com o agradecimento sincero aos
locais que sempre nos deixam entrar com o cão aprendiz sem questionar e,
além disso, com um sorriso no rosto por saber a importância do trabalho:
Angeloni, Shopping Atlântico, Unimed Litoral, Gol, e tantas...
Gostaria de solicitar que todos encaminhassem este e-mail aos seus
contatos. Tendo em vista que a Escola pretende crescer e continuar ajudando
muitos outros deficientes visuais, teremos cada dia mais cães-guias
circulando pela cidade, as pessoas precisam conhecer!
Seria uma imensa gentileza e, sem dúvida alguma, compensaria a péssima
situação que tivemos que enfrentar esta sexta-feira.
Muito obrigada, desejamos muito sucesso e saúde a todos, estão
convidados a conhecer a Escola pelo site
www.caoguia.org.br
orkut e facebook.
Grata, Silvia"
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É sempre assim. Os que recusam a entrada do cãoguia nos estabelecimentos são irredutíveis, burros ao extremo, e se recusam a respeitar a legislação, para depois vir com aquele papo de que não tinha conhecimento. Uma mentira deslavada, porque mesmo que não tivesse conhecimento, nós utilizadores de cãoguia, assim como este casal, sempre andamos com a lei, e sempre tentamos mostrá-la, sempre tentando explicar, e esses ignorantes, quando são mesmo preconceituosos sempre agem como este pessoal deste restaurantezinho de quinta. Sim, porque para mim, se um dono de um comércio é suficientemente burro e ignorante para se recusar a reconhecer um direito assegurado por uma lei federal, certamente não pode ser bom no que faz. Será que este restaurante resistiria a uma inspeção da vigilância sanitária? Será que está em dia com suas obrigações junto à prefeitura?
Além do mais, como se sabe, não se pode alegar desconhecimento das leis, para justificar o desrespeito a elas.
Além do mais, como se sabe, não se pode alegar desconhecimento das leis, para justificar o desrespeito a elas.
Francamente, Enxerga Brasil!
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