26.4.13

Lei de cotas, ou lei de Contos?

 

Hoje, recebi o texto que abaixo, divulgo. Trata-se de um manifesto muito válido, com o qual eu concordo plenamente, e que foi lido durante a feira Reatech, ocorrida de 18 a 21 de abril de 2013.

 

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MANIFESTO DOS COORDENADORES DO PROJETO DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO EM DEFESA DA LEI DE COTAS

 

Nós, Auditores Fiscais do Trabalho, coordenadores estaduais do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, responsável pela fiscalização da reserva legal de vagas para as pessoas com deficiência e reabilitados do INSS, conforme previsto na Lei 8.213/91, manifestamos nossa convicção de que esta obrigação legal, enquanto expressão de política afirmativa inspirada nos princípios democráticos e de direitos humanos, representa, neste momento,  um importante e indispensável instrumento para a garantia do direito fundamental de acesso ao trabalho formal, historicamente negado às pessoas com deficiência.

         Consideramos, portanto, que qualquer tentativa, explícita ou dissimulada, de alteração da legislação em detrimento desta reserva legal, deve ser firmemente combatida e rechaçada.

         Neste sentido, manifestamo-nos contra os PLS 112 e PL 4426/2012, que consideramos, além de tecnicamente injustificáveis, atentatórios à Constituição Federal, ao Pacto de São José da Costa Rica, à Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU e a outras normas relacionadas à inclusão das pessoas com deficiência e à promoção dos direitos humanos.

 

Porto Alegre, 12 de abril de 2013, Ano Ibero-Americano para Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

 

Assinam o Manifesto:

1.      Fernanda Maria Pessoa Di Cavalcanti – coordenadora nacional

2.     Isabella Silva Sibaldo de Assunção – SRTE Acre

3.     Kleber Sangreman – SRTE Alagoas

4.     Maria Julieta Mendonça Viana – SRTE Amazonas

5.     Lívia Macêdo Limeira Lima – SRTE Amapá

6.     Maria das Graças Santa Barbara Porto – SRTE Bahia

7.     Herica de Sampaio e Melo – SRTE Ceará

8.     José Tarcísio Fonseca Boquady – SRTE Distrito Federal

9.     Edomir Martins de Oliveira Junior – SRTE Espírito Santo

10. Arnaldo Bastos Santos Neto – SRTE Goiás

11. Valéria Felix Mendes Campos – SRTE Maranhão

12. Patricia Siqueira Silveira – coordenadora de Minas Gerais

13. Wallace Faria Pacheco – SRTE Mato Grosso do Sul

14. Gerson Antônio Delgado – SRTE Mato Grosso

15. Selma Lúcia Feio dos Santos – SRTE Pará

16. Taciana Melo Pereira – coordenadora da Paraíba

17. Fernando André Sampaio Cabral – SRTE Pernambuco

18. Maria de Fátima Ferreira de Sousa – SRTE Piauí

19. Moacir Machado Neto – SRTE Paraná

20. Joaquim Travassos Leite – SRTE Rio de Janeiro

21. Narciso Guedes – SRTE Rio de Janeiro

22. José de Almeida Teixeira – SRTE Rio Grande do Norte

23. Diogo Namassu – SRTE Rondônia

24. Bruna Carolina – SRTE Roraima

25. Ana Maria Machado da Costa – SRTE Rio Grande do Sul

26. Rafael Faria Guiguer – SRTE Rio Grande do Sul

27. Juscelino Xavier de Souza Rocha – SRTE Santa Catarina

28. Urcelina Porto da Silva – SRTE Sergipe

29. José Carlos do Carmo – SRTE São Paulo

30. Juliana Morais de Azevedo – SRTE Tocantins

31. Marcos André Leandro – Cidadão  – cego – servidor público de São Paulo

 

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Em que pese eu concordar, e até me atrever a adicionar minha assinatura ao fim da lista oficial, isso não muda o fato de que mesmo da forma como está, a lei de cotas, mais parece uma lei de contos.

Pois é utilizada pelos empresários para fraudar contratações de pessoas não deficientes como se deficientes fossem, e isso, tendo como cúmplice entidades que se arvoram  perante a sociedade, como associações para Valorização de Pessoas com Deficiência,  bem feitoras e defensoras dos direitos de pessoas com deficiência, mas que por debaixo dos panos, fazem convênios obscuros,com empresários inescrupulosos, para fraudar e prejudicar o direito daqueles que supostamente defendem.

Nada mais é, do que um pouquinho do Brasil!

 

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25.4.13

Piada? - Verdades Constatadas!

Recebi o texto abaixo e quero compartilhar com vocês

 

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          TRABALHO EM EQUIPE

 

          Foi realizada uma competição entre a equipe de remo do Japão e a equipe de remo brasileira.

          A competição se inicia, mas o resultado não é favorável para a equipe brasileira. Ela chegou com uma hora de atraso em relação aos japoneses. Indignados,

os brasileiros fizeram várias reuniões para averiguar a causa da derrota. Assim ficou o resumo do relatório que fazia a comparação das equipes:

          Japão:

          * 1 Chefe de Equipe

          * 10 Remadores

 

          Brasil:

          * 10 Chefes de Equipe

          * 1 Remador

 

          Descoberto o grande erro, a equipe brasileira foi remodelada para a próxima competição. Porém, perderam novamente e,dessa vez, o atraso foi de 2 horas.

Mais uma vez foram convocadas reuniões e viagens para o estudo das causas. Segue o resumo:

 

          Japão:

          * 1 Chefe de Equipe

          * 10 Remadores

 

          Brasil:

          * 1 Chefe de Equipe

          * 3 Chefes de Departamento

          * 6 Auxiliares de Chefia

          * 1 Remador

 

          Outra vez o erro foi identificado e uma nova equipe foi montada.Tudo foi levado em conta: resizing, downsizing, GQT e ainda economistas opinando, conceitos

de modernidade e globalização passaram a ser considerados. Porém, na hora da competição, o Brasil chegou com 3 horas de atraso. Mais reuniões, encontros etc. Foi

feito outro levantamento:

 

          Japão:

          * 1 Chefe de Equipe

          * 10 Remadores

 

          Brasil:

          * 1 Chefe de Equipe

          * 3 Chefes de Departamento

          * 2 Analistas de O&M

          * 2 Controllers

          * 1 Auditor Independente

          * 1 Gerente de Qualidade Total

          * 1 Remador

 

          Depois de muitos argumentos e discussões, chegaram às seguintes conclusões definitivas:

 

          1. O problema era, claro e evidente, a incapacidade do remador, que, com certeza, por culpa de influência do Sindicato e por causa de sua falta de treinamento

generalista não era capaz de exercer sua atividade com eficiência.

 

          2. A solução era privatizar ou terceirizar e/ou contratar um remador que não fosse da folha do clube.

 

          Agora o pior:

          Essa história veio dos EUA, e foi apresentada por um professor da Universidade de Maryland, sobre a administração no Brasil, como piada em sala de aula.

 

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Meus comentários:

Na verdade, não é "e o pior", e sim: "E o Melhor".

Afinal, o texto apesar de ser engraçado, nada tem de piada. É absolutamente verdadeiro, e retrata 90% das administrações ou modelos de administrações no Brasil.

Portanto, parabéns aos americanos, que mais uma vez provaram que sabem ensinar, e mostraram que estão sempre observando o Brasil. E tem mesmo de ser assim, pois no caso muito remoto, um dia no Brasil aparecer alguém ou alguns que decidam de verdade fazer deste país a primeira e única potência mundial, eles serão os primeiros a tremer e temer. Por isso é que continuam sempre mantendo uma vigilância velada e permanente sobre nós.

Desperdiçam tempo, inteligência e dinheiro, pois este país não tem nenhum sentido de patriotismo, nem vontade de ser potência mundial, porque isso dá trabalho, e obrigaria a todos, cidadãos e autoridades, a serem sérios.

Aliás, acho que os Estados Unidos deveriam tomar posse do Brasil e fazer disso aqui, uma colônia americana. ~E só tomar posse, nem precisa invadir, nem precisaria fazer guerra pois este país não tem defesas e não teria nenhuma condição de resistir a qualquer investida. Os outros países também não invadem porque sabem que se tentarem, os Estados Unidos, que são os mais beneficiados com nossos minérios e recursos naturais, iriam nos defender. E claro que, ninguém quer nem pode, encarar os Estados Unidos, porque eles são os Caras!

Então para os Estados Unidos, é muito mais interessante se manter a distância, mantendo a vigilância, pois é muito mais lucrativo. Tomar posse do Brasil implicaria em muito alto custo de manutenção, uma vez que não daria para tomar posse desse país e continuar permitindo que os roubos internos, corrupções, desvios e patifarias comuns à Brasília continuasse.  

 

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24.4.13

RIO DE JANEIRO: HOSPITAL AGE COM PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EXPLÍCITA CONTRA ATLETA CEGO, E MÉDICA SE NEGA A FAZER EXAME

 

RIO DE JANEIRO: PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EXPLÍCITA CONTRA ATLETA CEGO, EM HOSPITAL

 

Acho que eu deveria parar de ler notícias na Internet, e fazer como todo mundo faz: Assistir somente aos telejornais, que nada mostram de absurdos relacionado às pessoas com deficiência. Mostram somente um mundo colorido de faz de conta, onde todos são felizes, onde a inclusão até existe, e nem o preconceito nem a discriminação, persiste.

Mas no mundo real, com experiências reais, o que acontece de fato, são coisas como o relato abaixo.

 

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ATLETA PARALÍMPICO"FILIPPE SILVESTRE" É SURPREENDIDO AO ser impedido de REALIZAR EXAME NO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO"Tijuca, RJ" POR SER CEGO.

No dia 19/04/2013, o Atleta paralímpico e medalhista pela seleção masculina de Goalball nas paralimpiadas de Londres"2012", Filippe Santos Silvestre, foi
surpreendido no HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO "TIJUCA, rJ", ao ser impedido  de realizar um exame"TESTE ERGOMÉTRICO" apenas por ser cego. O  maior absurdo, foi depois de ser preparado para fazer o procedimento, já com os eletrodos no corpo, ouvir  da médica responsável pelo exame" Doutora LUCIA AFONSO CRUZ
LION", que não realizaria o mesmo no citado atleta, apenas por ele ser portador de deficiência visual.

Ela deixou bem claro que não faz exame em cegos!!! Este é mais um caso de preconceito e descaso que não podemos aceitar que ainda aconteça em nossa sociedade. Vale ressaltar, que Filippe, é ATLETA, sendo assim, ainda que seja cego, não há novidades em correr em uma esteira. Absurdo, descaso, preconceito, ignorância. De alguém que deveria prezar pelo bem estar do outro, alguém que deveria ser esclarecida e seguir a ética médica. Não é Doutora LUCIA AFONSO CRUZ LION?
 
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Pois bem, agora eu, Marcos André Leandro, vou dizer o que penso: Essa ameba, nada tem de doutora, nem sequer de médica. Pois médicos, fazem juramento se comprometendo em proteger e zelar pela vida das pessoas. E esta atitude abjeta, que somente alguém desprezível  como esta fulana poderia cometer, certamente não é um exemplo de cumprimento ao código de ética médico. O Código de Ética
Médica diz que o médico não deve executar nenhum procedimento que, em seu entender, possa prejudicar o paciente. e um teste ergométrico não tem nada a ver com o fato de o paciente não enxergar. Se esse foi o único motivo
da recusa da realização do procedimento, como consta na notícia, não vejo como a fulana possa se justificar perante o seu CRM. O mais indicado é que seja feita uma queixa junto ao CRM, contra este arremedo de profissional. Sabemos que o CRM quase sempre não faz nada além de uma notificaçãozinha administrativa, já que não pune de verdade esses pseudos médicos. Haja vista o exemplo da assassina de Curitiba que usava avental de médica para cometer seus crimes, e pelo que me consta continuará a fazer isso com a devida autorização do CRM, e do CFM. Quem sabe se eela não começou sua carreira de assassina em série, se negando a fazer exames em pessoas cegas, ou pobres, ou advindos dos SUS...?

O código de ética médica, diz ainda que, é vedado expressamente ao médico tratar seus pacientes com qualquer tipo de discriminação por motivo de situação pessoal, raça, religião, etc.

O que se percebe tristemente, é que infelizmente os demais médicos daquele hospital são coniventes com este absurdo. Afinal, se assim não fosse, o atleta teria feito seu exame, pois se houvesse um médico descente naquele hospital, teria intervindo e estabelecido a conduta médica correta e ética, a ser seguida. E mais, teria ele próprio, levado o caso às autoridades competentes.

Não vou escrever o que penso acerca dessa execrável fulana, porque não vale a pena. Só desejo que um de seus filhos ou filhas em um desses acidentes corriqueiros, fique cego, e vamos ver se depois disso, sua conduta continuará a mesma.

 

Enxerga Brasil!

 

 

 

18.4.13

DE VOLTA A VIDA

DE VOLTA A VIDA

Avanços tecnológicos, especialmente no campo da genética, tornam algo mais próximo da realidade trazer animais extintos de volta à vida. Essa capacidade técnica, no entanto, vem acompanhada de dilemas. Qual o impacto sobre o meio ambiente? Quais as implicações éticas de reviver animais? Em entrevista ao site de VEJA, Henry Greely, pesquisador do Centro para a Lei e Biociências, da Universidade Stanford, defende a ideia de que a experiência deve ser feita, desde que regulamentada. Ele afirma, ainda, que essa possibilidade não deve desviar os esforços voltados para a preservação de espécies ameaçadas.

 

 

Retirado da revista Veja do dia 17/04/2013.

 

 

O homem não aprende nada, nunca! é um ser totalmente dependente de suas vaidades. Dependente e dominado por elas, até que consiga fazer uma cag... Até que consiga finalmente causar uma tragédia irreversível e por seus próprios inventos inúteis e perigosos, a destruição da humanidade.

Em filmes de ficção, muitas vezes já se retratou experimentos desastrosos. E os filmes e livros, nada mais são do que sombras do que já foi, ou do que será. O homem, no entanto, na sua cobiça de poder, na sua busca desmesurada de tentar imitar a criação, ou pior ainda, o Criador, vai se afundando cada vez mais em terrenos desconhecidos de areia movediça. E, ai de nós, quando mais uma vez, a vida imitar a arte.

Mas, buscar a cura para doenças hoje consideradas pela ciência incuráveis, essa turma não demonstram nenhum interesse. Sequer, tentam encontrar a cura ou uma solução para problemas como a cegueira, a paraplegia, entre outras deficiências que poderiam deixar de existir, se a ciência se preocupasse menos com fazer reviver o que deixou de existir. Afinal, se deixou de existir, certamente foi por vontade de uma força maior, sabedora de que os homens não poderiam conviver em harmonia com tais seres.

Deveriam outrossim, se preocuparem mais como fazer deixar de existir coisas ruins que existem, e que, não fariam nenhuma falta se  não existissem.

 

Enxerga Brasil!

 

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16.4.13

O Leão Praxedes

O Leão Praxedes
Copyright Tarcisio Lage, 1992 Desenhos: Américo Lucena Lage
 
 
 
História recomendada a crianças muito obedientes
 
Na imensa planície africana existia um leão com dentes enormes e afiados. Chamava-se Praxedes. Era só o Praxedes abrir sua
 
boca, balançar a densa juba e fazer explodir seu urro, ouvido a 50 quilômetros de distância, para que toda a floresta
 
tremesse de medo. Os macacos trepavam até os galhos mais altos, as hienas paravam de sorrir e corriam mais do que os veados,
 
os outros leões abaixavam a cabeça e enfiavam o rabo entre as pernas. Com o Praxedes era na base: Obediência ou Morte! - Sim,
 
Dom Praxedes. - Tá certo, é o senhor quem manda. - Se Dom Praxedes não quer, eu não faço.
Era uma vergonha ver os outros leões que nem cachorro viralata, fazendo tudo que Praxedes queria, sem reclamar, sem uma
 
pontinha de revolta.
Acontece que, num certo dia, o professor Percy, que vivia fazendo umas experiências malucas, deixou cair debaixo da árvore
 
que dava sombra para Praxedes dormir um tubo cheio de Estreptococos Mutans. O Estreptococo Mutans é um bichinho horroroso.
 
Multiplica-se mais do que coelho nos restos de comida entre os dentes. Inheco, que nojo!
 
 
 
Quando são milhões e milhões, bem alimentados com aquelas porcarias de quem não escova os dentes, o Estreptococo Mutans
 
começa a roer devagar, devagar, sem parar, até não sobrar dente nenhum. Praxedes, que além de autoritário era curioso,
 
cheirou o tubo e, não contente, deu uma lambidinha para sentir o gosto da pasta amarela apinhada de estreptococos. Os
 
horrorosos bichinhos não perderam tempo. Raque, raque, raque...foram logo roendo os enormes dentes de Praxedes. Caíram todos!
 
A imensa boca de Praxedes, o terror da bicharada, murchou como um balão furado. Quando os outros leões viram aquela boca
 
desdentada, murcha, parecendo uma maçã ressecada, resolveram desforrar os anos que passaram fazendo tudo que Praxedes mandava
 
sem um fiapo de reclamação. Foise o respeito imposto pelos dentes. Consideração? Nem mais dos fracotes. Jururu, andando a
 
esmo pela planície, a juba caída, Praxedes não tinha como escapar da gritaria da bicharada:
- Praxedes, leão sem dente. Praxedes, leão sem dente.
 
Nem mais os macacos tinham medo do leão desdentado. Os chimpanzés, que são os palhaços da floresta, desciam das árvores e
 
faziam uma volta em torno do pobre banguela. Um puxava seu rabo, outro dava um cocorote na testa do antes tão temido leão.
 
Havia um chimpanzé muito sem vergonha que enfiava o dedo naquele lugar do Praxedes e gritava.
- O Praxedes não é mais aquele! O Praxedes não é mais aquele!
O pobre coitado ficou numa magreza de fazer dó. Não morreu porque comia o que sobrava da caça dos outros leões, chupando os
 
ossos. Que tristeza! Foi expulso do grupo dos leões mandões. O novo chefe, o que tinha agora os dentes mais afiados, falou: -
 
Praxedes, você é uma vergonha. Não queremos nenhum desdentado em nosso grupo. Vá embora daqui. Vá pro meio das hienas e dos
 
abutres comer carniça.
Desprezado, desrespeitado, desmoralizado, Praxedes abandonou a planície que tanto amava e foi viver no fundo da floresta, bem
 
no escuro, onde ninguém pudesse vê-lo. Dona Coruja, em suas andanças pelas copas das árvores, viu um dia Praxedes todo triste
 
e perguntou: - Dom Praxedes, o que lhe aconteceu? O ex-mandão da planície escancarou a boca muxibenta e disse quase chorando:
 
- Não sei, dona Coruja, Olha aqui, caíram todos os meus dentes.
Dona Coruja, que vivia voando pelas redondezas, contou ao Praxedes que na ilha do Rio dos Crocodilos existia um hipopótamo
 
dentista muito bom na feitura de dentaduras. O único problema é que era um preguiçoso de marca maior e só saía de sua ilha
 
para se refrescar no fundo do rio. Para ter a dentadura, Praxedes tinha de nadar até o consultório do Dr. Hipopótamo. Nenhum
 
problema? E os crocodilos? Quando Praxedes chegou ao barranco pronto para saltar e nadar até a ilha, um bando de crocodilos
 
já esperava por ele, lambendo os beiços:
- Ora viva, aí vem Dom Praxedes para o nosso almoço.
Praxedes chamou de volta sua antiga coragem e propôs: - Olha aqui, seus crocos, faço uma aposta. Se vocês deixarem que eu
 
nade até a ilha, garanto que na volta vocês não conseguem me pegar. - Ah é,seu leão desdentado. Pode nadar, nós o esperamos
 
para o jantar, - disse o maior dos crocodilos, esquecido de que o Hipopótamo era dentista. Praxedes nadou, nadou. Era um rio
 
muito largo. E precisou ficar um tempão na sala de espera, coisa a que não era acostumado. O Dr. Hipopótamo estava no fundo
 
do rio, refrescando-se e comendo umas gramas que cresciam debaixo d'água. Só à tardinha voltou ao consultório. - Ué, Dom
 
Praxedes, por estas bandas? Em que posso servi-lo? Praxedes não precisou dizer uma palavra. Só abriu a boca e o Dr.
 
Hipopótamo
compreendeu que ele queria uma dentadura.
- Fique com a boca bem aberta e não tenha medo - disse o dentista. O Dr. Hipopótamo abriu a gaveta de dentes de leões e
 
escolheu para Praxedes uma dentadura de aço inoxidável com as presas afiadas como navalha.
Praxedes ficou contentíssimo. Só faltou dar um beijo na testa do Dr. Hipopótamo. Disse que faria tudo que ele quisesse, era
 
só pedir. E pulou no rio, nadando de volta para sua planície. Nem se lembrava mais dos crocodilos. - Lá vem a nossa janta,
 
atacar! - gritou o chefe do bando dos crocos. Foi uma luta tremenda. O croco-chefe avançou para abocanhar o pescoço de
 
Praxedes, mas foi ele quem levou uma dentada no papo. E outra dentada. E mais outra. O rio coalhado de sangue. Sangue de
 
crocodilo. Não de leão. Praxedes saiu na outra margem, sacudiu a juba e foi andando todo garboso, de cabeça erguida, planície
 
afora. O chimpanzé sem vergonha viu de longe o ex-banguela, desceu de sua árvore de observação,
chegou por trás como sempre fazia, levantou o rabo do Praxedes e já ia enfiar o dedo, quando viu aqueles dentes enormes e
 
afiados. O chimpanzé sem vergonha deu um pulo e por pouco escapou dos dentes navalha. Subiu para o galho mais alto da
 
primeira árvore que encontrou, tão rápido como se estivesse descendo. Ainda teve fôlego para gritar lá de cima. - Cuidado
 
gente, o Praxedes já tem dente!!! Foi um corre-corre danado, a bicharada toda em polvorosa ao escutar novamente o urro ouvido
 
a 50 quilômetros de distância. Dona Zebra correu para o seu refúgio, a
Hiena parou de sorrir à toa, os veados dispararam planície afora. Até seu Avestruz levantou a cabeça e deu no pé. Os outros
 
leões, quando viram as presas afiadas de Praxedes, navalhas reluzindo ao sol, abaixaram a cabeça para mostrar respeito à lei
 
do dente. O leão-chefesubstituto, com o rabo entre as pernas, falou: - Dom Praxedes, que bom que o senhor voltou. Viva o
 
nosso grande chefe. A resposta de Praxedes foi outro urro, mais violento do que o primeiro, fazendo tremer as árvores da
 
floresta vizinha. Por fim, sentindo que não era só com urro que se impunha respeito, falou: - Chefe coisa nenhuma. Não, não
 
vou ser chefe de ninguém. Não vai ter chefe nesta planície. Vamos caçar juntos, sem precisar que ninguém mande em ninguém. E
 
tem mais: quem perder os dentes ou tiver qualquer aleijão não será expulso. Será é ajudado e apoiado.
- Está certo, Dom Praxedes. Assim será, - concordaram os outros leões. Nem todos. Alguns leõezinhos, que assistiam à
 
conversa, até gostaram da idéia de não ter mais chefe. Entretanto, pensavam lá com seus botões, Praxedes estava era sendo
 
chefe de novo, urrando e gritando com os outros, dizendo o que eles tinham de fazer. É muito difícil eliminar a lei do dente.
 
Texto: Tarcisio Lage
 
-------------------------------------------
 
Esta, é uma história infantil, que não é assim tão infantil. O recado está dado, quem tiver ouvidos para ouvir, ouça.
E cada vez mais estamos nos embrenhando na lei do dente.
 

1.4.13

MPF, cadê você? Esperamos Sua Atuação, Para Fazer Nosso Direito Valer!

Bom dia, ou boa tarde ou ainda boa noite, para você dependendo do horário que estiver lendo isso.
Hoje, ao fazer uma pesquisa no google:
"copel"+"deficiência"+"ministério público" - Pesquisa Google
Pois minha intenção era encontrar alguma referência ao concurso que a Copel, fez no ano passado, 2012, no qual desclassificou as pessoas com deficiência do certame, este ano de 2013, por carta.
Encontrei no entanto, outra coisa.
Ao navegar por entre os resultados da busca, neste vasto mundo imundo da internet, encontrei por acaso um blog, que não faz parte da parte imunda citada anteriormente.
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/
E neste blog encontrei o artigo que, pelo que entendi, trata-se de um e-mail, com uma pesquisa do IBGE.
Neste e-mail, algo me chamou a atenção.
Leiamos...
 
_________________
 
Por onde anda o Ministério Público?
 
De: Regiane De Cassia Ruivo Maturo [mailto:Regiane.Maturo@sesipr.org.br]
Enviada em: terça-feira, 20 de novembro de 2012 10:17
 Assunto: 42% DAS PREFEITURAS DO BRASIL NÃO TÊM ACESSO PARA DEFICIENTES, AFIRMA IBGE
 
42% das prefeituras do Brasil não têm acesso para deficientes, afirma IBGE
 
 
 
 
Quase a metade dos prédios não tem nenhum item de acessibilidade. Equipe treinada e piso tátil são estruturas menos presentes nas prefeituras.
 
Quase metade das cidades brasileiras não tem estrutura de acesso para pessoas com deficiência nos prédios de suas prefeituras. É o que mostra a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros, feita em 2011 e divulgada nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
De acordo com o IBGE, 42,6% das cidades dizem não ter nenhum dos 13 itens listados; apenas 3,8% apresentam seis ou mais deles. Ao todo, 3.195 municípios declaram ter alguma estrutura para deficientes.
 
Ainda segundo os dados, 22,3% dos prédios das prefeituras têm apenas um tipo de estrutura voltada para deficientes, estrutura que vai desde uma equipe preparada até um banheiro adaptado. Já com dois tipos de estrutura aparecem 14,7% das prefeituras, e com três tipos, 8,4%. Os percentuais de prédios com mais de quatro itens de acessibilidade são ainda menores: 5,4% deles têm quatro itens e 3%, cinco.
 
Na pesquisa, o IBGE diz que "a prefeitura é um órgão que centraliza vários serviços" e, por isso, "suas edificações e equipamentos devem ser inclusivos e permitir que toda a comunidade tenha acesso a espaço físico com facilidade".
 
Itens de acessibilidade
 
Para tabular as cidades, o IBGE estipula 13 de "itens de acessibilidade". São eles: rampas de acesso, equipamento para deslocamento vertical, sanitário acessível, piso tátil, elevadores com braile e sonorização, telefone público adaptado, mobiliário de recepção adaptado, pessoal capacitado para atendimento, disponibilidade de áreas especiais de embarque e desembarque, vagas especiais para veículos com pessoas deficientes, sinalização de atendimento prioritário a elas, permissão de cão-guia e rampa externa.
 
Os itens que mais estão presentes nos prédios das prefeituras são as rampas de acesso, rampas externas e sanitários acessíveis. Ao todo, são 2.150 cidades que dizem ter as rampas de acesso, o que corresponde a 38,6%. As rampas externas aparecem em 1.763 cidades, o equivalente a 31,7% do total. Já aquelas com sanitários acessíveis totalizam 1.028 mil, ou 18,5%.
 
Os itens mais raros dentre as mais de 3 mil cidades com algum tipo de estrutura para deficientes são pessoas capacitadas, permissão de cão-guia e piso tátil. Somente 316 cidades têm equipe treinada e 290 permitem a entrada de cães-guia. O piso tátil é o que menos aparece nos prédios das prefeituras do país – são 219 cidades que os têm, totalizando 3,9%.
 
Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada em 2009, qualquer pessoa com deficiência deve ter as mesmas condições de acesso a serviços que uma pessoa sem deficiência. E quem deve assegurar esse direito é o Estado, conforme prevê a Constituição.
 
 
 
 
Atenciosamente
 
 
 
 
Regiane Ruivo Maturo
 
Responsabilidade Social
 
Sesi
 
(41) 3271-9237
 
www.sesipr.org.br
 
 
 
 
 
 
 
 
Posted 21st November 2012 by João Carlos Cascaes
 
 
_________________
 

Bem, o que me chamou muito a atenção foi o trecho final:
 

"Os itens mais raros dentre as mais de 3 mil cidades com algum tipo de estrutura para deficientes são pessoas capacitadas, permissão de cão-guia e piso tátil. Somente 316 cidades têm equipe treinada e 290 permitem a entrada de cães-guia."
 
Eu tenho certeza de que estou com algum problema de compreenção... Como é que é? Somente 290 permitem? a entrada de cães-guia?
Aiaiaiai! Não, não definitivamente isso não é verdade. deve ser uma brincadeira pelo dia da mentira, que calhou bem de ser hoje! Só pode ser isso!
Prefeituras, tendo a pachorra de declarar oficialmente que não permite a entrada de cães-guia, só pode ser uma piada. Que palhaçada é essa?
A entrada e permanência de pessoa cega acompanhada por cão-guia, não depende da decisão de nenhuma prefeiturazinha de merda. É um direito estabelecido em lei! Uma lei federal, sobre a qual nenhuma outra prevalece, e nenhuma prefeiturazinha pode simplesmente dizer que não permite a entrada de cães-guia em um ambiente que é público e de uso coletivo. E ainda que fosse privado, mas de uso coletivo o direito ao acesso irrestrito é exatamente o mesmo assegurado na legislação federal!
Realmente, devo dizer que concordo plenamente com a pergunta do início do texto: Cadê o ministério público?
Enxerga Brasil!