29.3.13

Maluf: Faz Leis, Mas não Respeita.

Inquérito no STF

Mais um problema

Na semana passada, Paulo Maluf recebeu uma comunicação do STF sobre um inquérito acusando-o de desobedecer uma ordem legal de um funcionário público.

Em fevereiro de 2012, Maluf passou pelo detector de metal do aeroporto de Brasília e recusou-se a mostrar aos seguranças o que estava carregando e que fez o aparelho apitar.

Como Maluf não é nenhuma madre Teresa, os agentes de segurança da Infraero tentaram por diversas vezes revistá-lo.

Com atitude de quem se acha acima da lei, Maluf conseguiu embarcar rumo a São Paulo. Mas, antes do voo decolar, a equipe de segurança entrou no avião e disse que ele não sairia do chão enquanto Maluf não fosse revistado.

O deputado, finalmente aceitou sair do avião e, com um detector de mão, os agentes notaram que o cinto e o relógio do deputado é que fizeram o aparelho apitar.

Problema de segurança resolvido, deixaram Maluf voltar ao avião, mas também enviaram uma comunicação do ocorrido para as autoridades, o que levou à abertura de inquérito por desobediência no STF.

Por Lauro Jardim

 

 

 

Que coisa interessante! Eu sempre Achei que nos aeroportos do Brasil, haviam policiais federais...

Mas talvez eu tenha estado todo esse tempo enganado! Afinal, se eu estivesse certo, a função dos policiais federais no caso acima, seria imediatamente dar voz de prisão ao "nobre" deputado, por desobediência e desacato.

Será que os agentes da polícia Federal  do referido aeroporto não conhecem as leis que devem fazer cumprir?

Francamente!

Emxerga Brasil!

 

 

 

19.3.13

Governo de São Paulo anuncia R$ 2 bi em investimento para municípios paulistas, inclusive em acessibilidade.

14/03/13 19h27
Governo de São Paulo anuncia R$ 2 bi em investimento para  municípios paulistas, inclusive em acessibilidade.
Prefeitos aderem a
Programas da Secretaria
Anúncio do Governo se deu durante Encontro de Prefeitos que aconteceu na quinta, 14/03, no
Memorial da América Latina
mc-ref
Dra. Linamara apresenta projetos e ações a serem multiplicados nos municípios e convida a prevenir
desaparecimento de pessoas
Na quinta-feira, 14, o Memorial da América Latina foi palco para o Encontro de Prefeitos,
em que se reuniram o governador Geraldo Alckmin, os prefeitos, primeiras damas e
representantes dos 645 municípios do Estado de São Paulo, e os Secretários de Estado,
somando mais de dois mil gestores públicos do Estado.
As secretarias estaduais tiveram a oportunidade de expor, em estandes, seus projetos,
programas e ações. Mais de 180 prefeitos aderiram ao Programa Praia Acessível e
também Academia Adaptada, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com
Deficiência de São Paulo.
O encontro teve o objetivo de reafirmar o diálogo e a parceria entre o governo e as
prefeituras paulistas, independentemente de partido político, e permitir que os
administradores conheçam as políticas públicas, os programas e projetos que possam ser
implantados nos municípios com diferentes perfis. Eles também puderam conhecer de
perto, ou rever, a Unidade Móvel da Rede Lucy Montoro, carreta com 15m de comprimento
totalmente equipada para atendimento clínico e oficina de órteses e próteses, que ficou
estacionada no local.
Durante a abertura do evento o governador Geraldo Alckmin anunciou a liberação de R$
2,46 bilhões em investimentos para as prefeituras.
"Estamos reunindo 645 municípios do Estado e lançando um grande programa de parceria
e cooperação que beneficia muito a população de São Paulo", afirmou o governador. "O
município é governo local, está mais perto, enxerga o problema do povo, convive com ele
e diminui a distância administrativa e social", completou Alckmin.
Saúde, educação, habitação, acessibilidade, população idosa, agricultura, trabalho e
programas sociais estão entre as áreas beneficiadas com os anúncios.
Entre as áreas atendidas, o governador anunciou investimentos de R$ 50 milhões para
apoio aos municípios na implementação de planos de acessibilidade em espaços públicos.
Trata-se da "Linha de Acessibilidade Urbana", que prevê melhorias de prédios e vias,
instalação de sistemas de comunicação visual, sonora ou tátil e a construção de prédios
para atividades de pessoas com deficiência.
ENCONTRO COM PRIMEIRAS DAMAS E PREFEITOS
Após a cerimônia de abertura do Encontro com Prefeitos, as 645 primeiras damas e
representantes municipais acompanhadas de seus assessores e secretários municipais
dirigiram-se à sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, onde
foram recepcionadas pela primeira dama do Estado e presidente estadual do Fundo Social
de Solidariedade, Lu Alckmin, junto com a anfitriã, Secretária de Estado Dra. Linamara
Rizzo Battistella.
A senhora Alckmin, com carisma e simpatia, apresentou sua história de vida, similar a
maioria das esposas dos prefeitos, pois também ela, segundo afirmou, iniciou sua
trajetória pública como esposa do prefeito de Pindamonhangaba, Geraldo Alckmin, que se
tornou deputado, depois vice-governador e governador, cargo que ocupa pela terceira vez.
Dona Lu também citou o intervalo de 6 meses morando com a família nos Estados Unidos.
A Secretária de Estado, Dra. Linamara, apresentou à primeira dama da cidade de São
Paulo, Ana Estela Haddad, o Memorial da Inclusão, exposição existente na sede da
Perguntas Frequentes
 
Em caso de dúvida, certifique-se de
 
que ela não está respondida aqui
 
Busca: Digitesuabusca...Buscar
 
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=1137
19/3/2013
Notícias | Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência Page 2 of 2
Secretaria que reúne a história, documentos e fotos dos movimentos sociais de defesa dos
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direitos das pessoas com deficiência.
Após a recepção de Lu Alckmin, Dra. Linamara dirigiu-se ao estande da Secretaria de
Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, onde recebeu 187 solicitações de
prefeitos para implementação do Programa Praia Acessível, também disponível para
cidades que tenham "prainhas" em rios de água doce, e da Academia Adaptada.
Na parte da tarde, após as exposições das Secretarias de Agricultura e da Justiça e
Cidadania, a Dra. Linamara apresentou no auditório Simón Bolívar, aos mais de 600
prefeitos presentes, os projetos e ações da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa
com Deficiência, com destaque para a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, com suas
unidades fixas e móvel (esta exposta no Encontro de Prefeitos), e o investimento do
Estado em educação, esporte, e na acessibilidade nas habitações e no transporte.
A Secretária também convidou os prefeitos e administradores públicos a participar da
Campanha "São Paulo em Busca das Crianças e Adolescentes Desaparecidos".
"Peço que nomeiem um assessor que atue junto ao gabinete para estar em constante
diálogo com o Governo do Estado para lutarmos contra esse mal. São 9.000 pessoas
desaparecidas a cada ano. Temos que proteger nossas crianças e jovens. Convido todos
a participar dessa importante Campanha", encerrou, após acrescentar que entre as
pessoas desaparecidas todo ano, 16% apresentam alguma deficiência.
Confira as fotos do Encontro com Prefeitos em:
www.facebook.com/InclusaoSP
Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência -Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 -Portão
10 -Barra Funda -São Paulo -SP Tel.: (11) 5212.3700 XHTML 1.0 -CSS 2.0
----------
 
 
Meus comentários abaixo

Acessibilidade: Para Os Políticos, Bandeira Política; Para As Pessoas Com Deficiência, Real Necessidade.

E O Circo Continua com espetáculos para inglês ver:

 

 

Com informações da Secretaria da pessoa com deficiência, boletim por E-mail que recebo periodicamente com notícias do tipo. No boletim de número 106 que recebi hoje, 19 de março de 2013, traz como assunto:

 

Assunto: Governo de São Paulo anuncia R$ 50 milhões em acessibilidade/NotíciasSEDPcDBoletim108

 

E no corpo do e-mail, a manchete é esta:

 

 

"O encontro entre prefeitos, primeiras damas e gestores municipais teve o objetivo de reafirmar o diálogo e a parceria entre o governo e as prefeituras. Dos 2,4 bi, 50 milhões são para acessibilidade nos municípios."

http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=1137

 

 

Este tal encontro com prefeitos, primeiras-damas e gestores, foi aquele mesmo, que o Reinaldo Gottino mostrou  no Cidade Alerta da Rede Record, com o Marcelo Resende.

Mas o que o Reinaldo Gottino mostrou juntamente com o Marcelo Resende, foi uma total falta de respeito para com as leis, para com o cidadãos e sobre tudo, para com as pessoas com deficiência. É a secretaria da pessoa com deficiência, promovendo a inacessibilidade do deficiente, para distribuir verba para ser empregada em acessibilidade...

Pois na reportagem, foi mostrado vários carros oficiais parados em locais proibidos, com seus motoristas belos e faceiros, dizendo que eles tinham autorização para estarem ali, obstruindo inclusive faixa destinada e reservada às pessoas com deficiência, justamente impedindo a acessibilidade da pessoa com deficiência! Então alguma coisa está fora da ordem.

Veja o vídeo no portal R7.

E o CET, cuja sigla bem poderia significar (Cambada Espúria de Tramóia), embora signifique Companhia de Engenharia de Tráfego, não estava nem um pouco preocupada em coibir o abuso dos carros oficiais das tais prefeituras participante do encontro, muito menos em multar os tais infratores. Pelo contrário, era justamente um carro da tal CET, que estava obstruindo a passagem destinada a pessoas com deficiência, utilizadores de cadeira-de-rodas. A polícia Militar do Estado de São Paulo, também estava no local, talvez fazendo o papel das pessoas com deficiência, já que fingiam que não estavam vendo nada de errado, assim como a CET.

E ainda vem com essa história de investimento em acessibilidade? Alguma coisa está muito fora de lugar... /Alguma coisa não se encaixa...

O encontro do Alibabá, e os... ou melhor, Do governador e prefeitos, certamente se tratava sim de distribuição de verbas. Afinal, as eleições estão próximas... Mas a desculpa oficial, poderia ser distribuição de verbas para qualquer outro fim, menos o de promover a acessibilidade.

Pois definitivamente não é acessibilidade, aquilo que nós, pessoas com deficiência de Jandira na grande SP, temos no terminal recém reformado. Bem pelo contrário:

O terminal de Jandira recém reformado, cuja reforma começou ainda na gestão de Anabel Sabatine, que Deus a mantenha  bem longe de nós,  amém, e que causou inúmeros contra-tempo aos munícipes pela demora na conclusão da obra, e neste caso podemos dizer que ficou literalmente uma obra, coloca a integridade física da pessoa com deficiência em risco.

A obra, foi terminada na atual gestão, do prefeito Gê, que deveria ter solicitado uma análise minuciosa da mesma, pois certamente ele teria embargado para fazer a coisa da forma correta, sem desperdiçar mais nenhuma verba na conclusão daquilo que definitivamente não está concluída de maneira adequada. Sobre tudo, no tocante à acessibilidade.

O piso tátil utilizado além de não ser o piso mais indicado, ficou muito rente e entre os postes de sinalização dos pontos de ônibus e à plataforma. De modo que a pessoa com deficiência visual, para seguir o piso tátil tem três opções: Ou bate o ombro no poste, ou bate no retrovisor dos ônibus parados. Ou ainda, tromba nas pessoas que estão entrando e saindo dos coletivos.

Para passar de uma plataforma a outra, não há qualquer sinalização para as pessoas com deficiência, e o cruzamento de uma plataforma à outra, está fora de sincronia. Isto coloca a pessoa com deficiência visual, no meio da passagem dos veículos, sem que o deficiente se dê conta disso.

É para este tipo de serviço mal feito, que serão disponibilizados esses milhões?

A pergunta que todo aquele que não é iludido pelo sistema, e que tem um mínimo de noção política e cultural atual do Brasil, se faz, é: Quanto de fato dessa quantia, vai parar em contas que tem a ver com a historinha da acessibilidade tão falada pelos políticos, e tão sonhada por nós, que verdadeiramente precisamos dela?

E quanto verdadeiramente dessa quantia, vai parar em contas que nada tem a ver com essa tão sonhada acessibilidade?

Leiam na íntegra a reportagem retirada do site da Secretaria das Pessoas com deficiência. Ou visite o link acima. Para ver as fotos do evento, entre neste link:

www.facebook.com/InclusaoSP

Mas se você for deficiente visual, não acesse, pois em mais um exemplo de despreparo e falta de acessibilidade, a Secretaria da Pessoa Com Deficiência, não descreve as fotos, nem mesmo colocando quem aparece em cada uma delas.

E viva a acessibilidade! Ou os milhões que este tema proporciona à corja política!

 

 

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12.3.13

Lá vem o Brasil, descendo a ladeira.

Lá vem o Brasil, descendo a ladeira.
Quando a gente pensa que a coisa já piorou o suficiente, vem aquele gagá, José Sarnei, querendo prejudicar ainda mais a
 
pessoa com deficiência.
Sobre tudo, serão prejudicados, o cego, pois o cego é o mais discriminados por esta corja de empresários inescrupulosos, que
 
usam a torpe desculpa de que o cego não tem preparo, capacidade, entre outras idiotices que costumam falar para se isentar de
 
contratar a pessoa cega.
Agora, querem tornar lei, a discriminação. Parabéns, ao senado federal e aos senadores por mais esta patifaria. Daquele
 
antro, só se pode mesmo esperar coisas assim.
 
----------
 
Metalúrgicos contra PL sobre pessoas com deficiência no mercado de trabalho
 
 
 
 
Metalúrgicos contra PL sobre pessoas com deficiência no mercado de trabalho
segunda-feira, março 11, 2013
Ilustração de carta simbolizando o e-mail.
Envie por e-mail
 
O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região está encaminhando uma carta aberta denunciando a gravidade contra os direitos
 
ao trabalho das pessoas com
deficiência que será discutida nesta quarta-feira na Comissão de Constituição de Justiça do Senado.
 
Não à eliminação do direito ao trabalho formal das pessoas com deficiência
 
Nesta quarta-feira (13/03/2013), às 10h, a CCJ do Senado vai examinar o Projeto de lei 112/2006 de autoria do Senador José
 
Sarney, com relatoria do Senador
Romero Jucá, que poderá desempregar milhares de pessoas com deficiência já contratadas pela Lei de Cotas e reduzirá
 
drasticamente o potencial das vagas
reservadas, caso seja aprovado.
 
Apelamos aos senhores Senadores para que não permitam a revogação da Lei de Cotas (art.93 da lei 8213/91) subvertendo a
 
contratação direta de trabalhadores
com deficiência ao autorizar terceirização das contratações, reduzir as vagas em até 70% em comparação com a Lei de Cotas em
 
vigor e transformar em recolhimento
de contribuição para capacitação profissional os casos de empresas que não preencham as novas cotas.
 
Seria uma vergonha o país presenciar posição contrária do legislativo aos avanços que estão acontecendo na área do trabalho
 
das pessoas com deficiência
(aumentam contratações, estrutura do SENAI se abre para capacitar alunos com deficiência, etc) justamente no Ano
 
Ibero-americano para a inclusão de pessoas
com deficiência no mercado de trabalho…O texto completo está em anexo.
 
Carta aberta aos Senadores membros da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal
 
Não à eliminação do direito ao trabalho formal das pessoas com deficiência
 
Nesta quarta-feira (13/03/2013), às 10h, a CCJ do Senado vai examinar o Projeto de lei 112/2006 de autoria do Senador José
 
Sarney, com relatoria do Senador
Romero Jucá, que poderá desempregar milhares de pessoas com deficiência já contratadas pela Lei de Cotas e reduzirá
 
drasticamente o potencial das vagas
reservadas, caso seja aprovado.
 
Apelamos aos senhores Senadores para que não permitam a revogação da Lei de Cotas (art.93 da lei 8213/91) subvertendo a
 
contratação direta de trabalhadores
com deficiência ao autorizar terceirização das contratações, reduzir as vagas em até 70% em comparação com a Lei de Cotas em
 
vigor e transformar em recolhimento
de contribuição para capacitação profissional os casos de empresas que não preencham as novas cotas.
 
Seria uma vergonha o país presenciar posição contrária do legislativo aos avanços que estão acontecendo na área do trabalho
 
das pessoas com deficiência
(aumentam contratações, estrutura do SENAI se abre para capacitar alunos com deficiência, etc) justamente no Ano
 
Ibero-americano para a inclusão de pessoas
com deficiência no mercado de trabalho.
 
Confiamos no Senado propositivo, no enfrentamento do preconceito e da invisibilidade que as pessoas com deficiência ainda se
 
encontram quando o assunto
é o trabalho formal, com garantias trabalhistas e previdenciárias, na busca do Trabalho Decente.
 
Escolaridade compatível com exigência do mercado de trabalho
 
A maioria das pessoas com deficiência possui nível de escolaridade semelhante a dos trabalhadores sem deficiência, porque as
 
deficiências acontecem ao longo
da vida (devido a acidentes, doenças, violência, lazer, etc) com o nível de formação que cada um tem. Ninguém esquece o que
 
aprendeu depois de se tornar
uma pessoa com deficiência.
 
O Censo do IBGE 2010 identificou 10,2 milhões de pessoas com deficiência com ensino médio ou superior completo que podem
 
atuar no trabalho formal. Este
número é 11 vezes maior do que comporta a Lei de Cotas.
 
População com deficiência ocupada e registrada
 
O Censo do IBGE encontrou ocupadas 20,2 milhões de pessoas com deficiência com idade compatíveis para atuar no mercado
 
formal. Mas apenas 306 mil estavam
com vínculos trabalhistas segundo informou o Ministério do Trabalho e Emprego através da RAIS 2010. A lei de cotas comporta
 
apenas 950 mil vagas reservadas.
 
Pelo direito de trabalhar em qualquer atividade
 
Uma das emendas do PLS 112/2006 quer diminuir a obrigatoriedade do percentual de contratações de acordo com o aumento do
 
risco da atividade.
 
A proposta é discriminatória e atenta contra o direito ao trabalho. A emenda ignora que nenhum ramo de atividade está isento
 
de cumprir a Lei de Cotas em
razão dos riscos de sua atividade.
 
Se a pessoa com deficiência se mostra capaz, apta e habilitada para determinada profissão, ainda que existam riscos no
 
exercício desta atividade, deve ser
contratada como qualquer outro trabalhador. Essa informação é divulgada pelo o Ministério do Trabalho e Emprego desde 2007.
 
Demissões imediatas, redução e precarização de vagas reservadas
 
Na audiência realizada na própria CCJ do Senado em junho de 2009, demonstramos que o Projeto original do Senador José Sarney
 
eliminaria 200 mil vagas da
lei, ao nivelar em 3% o percentual de contratações, quebrando o escalonamento da lei 8213/91.
 
Com as emendas, ficou muito pior, porque o percentual de 3% é teto e as vagas vão diminuir com o aumento da gradação de
 
riscos das empresas. Neste Projeto
o escalonamento é para baixo, por risco de atividade.
 
Prevemos neste caso que mais da metade das vagas da lei atual serão eliminados no Brasil, correspondendo a um corte de cerca
 
de 500 mil vagas reservadas.
 
Entre os metalúrgicos de Osasco e região cumprir 100% da cota signífica contratação de 952 pessoas. Já estão contratados 784
 
pessoas com deficiência representando
82,4%. Os setores automotivos e de fundição já contratam mais do que o previsto em lei.
 
O impacto do PLS 112/2006 é tão nefasto que, se aprovado, a lei de cotas se cumprirá com cerca de 280 contratações entre os
 
metalúrgicos de Osasco e região,
podendo significar mais de 500 demissões entre os já contratados e colocando por terra os esforços da maioria das empresas
 
que praticam responsabilidade
social, das entidades que interagem em conjunto na região promovendo a inclusão das pessoas com deficiência e frustando
 
expectativas e sonhos daqueles
que perderão seus postos de trabalho imediatamente caso a lei seja aprovada.
 
Fonte – Espaço da Cidadania
 
----------
 
Agora façamos nossa parte, embora saibamos que de nada adianta, se esta for a vontade do senhor feitor.
Encaminhemos esta carta e nossos protestos para o e-mail;:
scomccj@senado.gov.br
E expressemos nosso total repúdio a este ato absolutamente discriminatório, e atentatório aos direitos já assegurados às
 
pessoas com deficiência.
Então, se puderem encaminhar esta carta - ou uma manifestação própria - para a CCJ
- Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o e-mail é o que está acima.

5.3.13

Artigo escrito em 2005, acerca de declarações da Avape, na Reatech

 
Para o caso de alguém não querer clicar no link indicado no post abaixo, aqui está o artigo do qual fiz menção, que escrevi em abril de 2005, para o site da rede saci, acerca da declaração da Avape:
 
 "É Difícil Inserir a Pessoa Cega no Mercado de Trabalho".
 
 
------------------------------
 
 
   "É difícil inserir o cego no mercado de trabalho", diz AVAPE
Rede SACI
26/04/2005
 
Marcos André Leandro reflete sobre as causas da falta de oportunidades de emprego para pessoas com deficiência visual
Marcos André Leandro
 
Estive na feira Reatech.
 
Visitei vários stands, e fiz vários cadastros. Cadastros de currículos, claro, já que estou disponível para o mercado de trabalho há quase dois anos. Visitei o stand da AME, Sentidos, Adeva, Gelre, INMETRO, OAB e AVAPE.
 
No stand da AVAPE, foi onde tive a recepção que me motivou a escrever este artigo.
 
Perguntei se precisava renovar meu cadastro, ou se o cadastro que fizera pela Internet via e-mail, já era suficiente.
 
A mulher que me recebeu, do departamento de seleção e RH, começou me dizendo que a colocação de deficientes visuais no mercado de trabalho, era muito difícil.
 
Mas que eu poderia pedir a alguém para enviar meu currículo por e-mail para eles.
 
Pedir... Pedir por quê?
 
Será que nem mesmo as pessoas da AVAPE, que se dizem lutar pela inclusão do deficiente, não sabem que nós cegos, não precisamos de ninguém para enviar currículo ou qualquer outra coisa por e-mail?
 
É por essas pessoas desinformadas que ocupam lugares de destaque em empresas e até mesmo em ONGs, que nós cegos, somos prejudicados no tocante a colocação profissional.
 
Essas pessoas, e os empresários não sabem que temos total condições de utilizar o computador como qualquer outra pessoa. E, assim sendo, poderíamos perfeitamente exercer entre outras, a função de atendimento ao cliente via e-mail e telefone, que podemos cadastrar clientes, efetuar pesquisas, podemos e, deveríamos trabalhar em provedores de Internet, etc.
 
Falando em provedores, tal como esses empresários, os provedores não dão a mínima importância aos seus clientes portadores de deficiência visual. Qualquer cliente de provedor pagos, como Terra, Uol, Bol, e qualquer outro, pode fazer um teste. Liguem para um desses provedores pedindo por exemplo, uma ajuda para configurar sua conta de e-mail no Outlook Express, dizendo que não estão conseguindo enviar e-mails.
 
O atendente vai começar com aquela ladainha besta dizendo:
 
- Feche todas as janelas. Agora clique em iniciar, clique em programas, clique... Até aí tudo bem, se o cliente do outro lado da linha não fosse cego. Cego não clica em lugar nenhum. O problema é que se você disser:
 
- Mas eu sou deficiente visual. Como é que eu faço usando o teclado?
 
A GRANDE maioria dos analistas de suporte, não saberão responder, por que não conhecem atalhos de teclado. Digo isso por experiência própria, e relatos de outros amigos, que precisaram de ajuda e, não tiveram.
 
Então, o mais certo seria pelo menos em cada provedor haver no mínimo um cego trabalhando. Pois este saberia atender um outro deficiente visual, e atenderia a um vidente tão bem como atende a um cego. Ao contrário dos atendentes a que estamos acostumados, que só são capazes de atender clientes "normais".
 
Mas os próprios cegos, e as associações que supostamente, estão empenhados na inclusão do deficiente visual, não tomam nenhuma providência no sentido de mudar essa concepção errada que os empresários têm em relação aos cegos.
 
Não divulgam os softwares leitores de tela existentes no mercado, não fazem uma campanha para esclarecer que por meio destes leitores de tela, nós temos acesso a 95% dos recursos do computador, usando o Windows, o Office entre outros programas.
 
Não mostram que a idéia de fazer adaptações na empresa para receber um cego, é absolutamente equivocada, que a empresa vai ter de investir alto num computador de última geração, para instalar um leitor de tela, é outra idéia equivocada, e que o mesmo computador que um cego usa pode ser perfeitamente utilizado por uma pessoa "normal", etc.
 
Enfim, parece que a existência de cegos desempregados alimenta a indústria do assistencialismo.
 
Sim, pois sem cegos desempregados, não haverá mais candidatos aos inúmeros cursos oferecidos pelas diversas instituições espalhadas por São Paulo. Cursos que servem apenas como uma espécie de terapia ocupacional, já que nós fazemos, quer dizer, nós não, porque eu já parei com essas terapias. As traças da minha gaveta já estão bem gordinhas com tantos certificados. Prefiro ficar em casa mesmo, enquanto não consigo uma recolocação profissional. Mas os outros cegos, fazem cursos e mais cursos, e uma oportunidade de por em prática o que foi ensinado em tais cursos, não se tem.
 
Porque as instituições com exceção de duas, que eu conheço, não se preocupam em criar essas oportunidades. Apenas oferecem cursos, (terapia ocupacional) e nem mesmo, se preocupam em oferecer cursos de qualidade, cursos que de fato ensinem.
 
Muitas vezes os alunos entram no curso sem saber nada, e saem sem saber coisa nenhuma. Mas com um certificado, que eles juram servir para alguma coisa. E de fato servem: de comida para as traças.
 
Com exceção das mesmas duas instituições que eu conheço, cujos cursos são bons e de fato ensinam. Mas infelizmente, mesmo essas instituições, não se empenham em divulgar a capacidade do cego junto à informática.
 
Eu insisto tanto assim, em bater nessa tecla da informática, porque acredito que esta é a área onde nós temos total condição de atuar sem grandes dificuldades. Esse é o foco principal, pois é nesse setor onde podemos trabalhar sem necessitarmos de adaptações. Já que os empresários reclamam tanto de ter de fazerem adaptações, eu quero deixar bem claro, que isso é mentira!
 
Para um cego trabalhar com o computador usando o Windows e o Office, não é necessária NENHUMA, nenhuma adaptação! Única e tão somente, um software a ser comprado e instalado no computador!
 
Por acaso a compra e instalação de um software, é adaptação?
 
Porque se for, os empresários também não deveriam contratar engenheiros, pois precisam comprar e instalar o autocad para eles!
 
Não deveriam contratar técnicos de TI, porque eles precisam de softwares específicos também!
 
Ou seja, não consiste em adaptação nenhuma a aquisição e instalação de um software.
 
A falta de oportunidade de trabalho para os cegos, ocorre única e exclusivamente, por ignorância por parte dos empresários e profissionais de RH, e principalmente pela inércia, comodismo e falta de vontade, dos próprios cegos e seus representantes legais.
 
E por causa disso, sou obrigado a ficar em casa. Pois estou de mãos atadas diante de tanta discriminação.
 
Acho que vou abrir meu próprio telemarketing ativo, para captação de recursos.
 
Olá, meu nome é Marcos André Leandro, eu sou deficiente visual, e estou ligando porque não consigo uma colocação no mercado de trabalho, mas preciso pagar minhas contas que não param de chegar no fim do mês.
 
Com quanto o Sr(a), pode colaborar para manutenção da minha casa? Eu mesmo vou buscar a doação, e posso lhe dar um recibo.
 
Não é uma ótima idéia a minha? Já que nenhum empresário quer usar a minha capacidade, eu mesmo uso em causa própria. Estou amadurecendo esta idéia, e em breve, se continuar fora do mercado de trabalho, vou pô-la em prática.
 
Mas este artigo começou falando da recepção que tive no stand da AVAPE, que me deixou indignado. Voltemos ao tema principal. A mulher da AVAPE, disse que é muito difícil inserir um cego no mercado de trabalho. Na verdade, a mulher tem razão, por causa dos motivos já mencionado, é mesmo muito difícil inserir um deficiente visual no mercado de trabalho. Mas uma instituição como a AVAPE, confessar sua incompetência tão abertamente, é sem dúvida revoltante. Incompetência sim, pois isso ficou caracterizado na frase:
 
"Você pede para alguém enviar seu currículo via e-mail para nós"...
 
Não, não peço. Primeiro porque não preciso pedir, pois eu mesmo sei usar o computador, e digo com toda segurança: Uso melhor do que muitos "normais" que existem por aí.
 
E mesmo que eu já não tivesse enviado meu currículo via e-mail, para lá, não o faria novamente. Pois meu tempo é precioso, embora eu nada tenha para fazer.
 
Não ter o que fazer, tem suas vantagens. Escrever esses artigos por exemplo.
 
Quem sabe um dia alguém leia e entenda, o que quero dizer, e faça alguma coisa de fato consistente para mudar esse quadro de ignorância e desinformação imperantes.
------------------------------
 
Recordações nada agradáveis, porém, por vezes necessárias.
Graças ao eterno, não precisei naquela ocasião, fazer o que estava planejando, pois uma verdadeira profissional de RH, leu o artigo acima, e fez o que a Avape não fez, ou seja, me deu oportunidade de mostrar a capacidade laboral de uma pessoa cega.
Fiquei três meses trabalhando naquela multinacional.
 
   -- "Mas só três meses? Então a Avape tinha razão, os empresários estão certos, o cego não tem mesmo preparo nem capacidade laboral."
 
Isso é o que você poderia pensar. Mas, é exatamente o contrário:
Ocorre que três meses depois que estava naquela empresa, fui nomeado no concurso que havia prestado, e vim assumir o cargo de Técnico Judiciário Federal, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
Então, a capacidade laboral e o preparo da pessoa cega, ficou mais uma vez provado.
E infelizmente ainda hoje, as pessoas cegas que estão fora do mercado de trabalho, enfrentam as mesmas dificuldades que enfrentei naquela época.
 

Avape: Nota de "Esclarecimento"?

Avape, esclarece que o processo está em andamento, ainda na primeira instância, e que não tem nada definido em definitivo. Diz ainda, que entrará com recurso, e considera o valor dado à causa, um absurdo.

Em sua nota de esclarecimentos, reproduzida na íntegra abaixo, relata que:

 

"que o contrato com a Ford de Tatuí, encerrado em outubro de 2011, era de terceirização e não de contratação de pessoas com deficiência, e que os recursos gerados desta parceira foram convertidos para projetos sociais em prol da causa da pessoa com deficiência, contribuindo para que a entidade chegasse a marca de 50 milhões de atendimentos e 4 milhões de pessoas assistidas no período 2005/2012."

 

Em que pese o contrato haver sido terminado em 2011, a Avape, não informou por quanto tempo este contrato esteve em vigor. E o fato de se tratar de terceirização e não de contratação, não isenta a instituição de responsabilidade pelo prejuízo causado às pessoas com deficiência no período, decorrente de qualquer prática ilegal. Nem mesmo o fato de que os recursos gerados desta parceira foram convertidos para projetos sociais em prol da causa da pessoa com deficiência. Esta não é uma justificativa honesta, ainda que seja verdadeira.

 

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Nota de esclarecimento

Ação civil pública envolvendo Ford e Avape

 

 

Em relação à sentença da Justiça (caso Ford), ainda de primeira instância, informamos que estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis e recorrendo da decisão, que pode ser classificada como obscura, contraditória e com valor absurdo.

 

Estamos entrando na Justiça com embargos de declaração para que sejam esclarecidos pontos confusos da decisão judicial. A Ford também está recorrendo da decisão.

 

Esclarecemos ainda que o contrato com a Ford de Tatuí, encerrado em outubro de 2011, era de terceirização e não de contratação de pessoas com deficiência, e que os recursos gerados desta parceira foram convertidos para projetos sociais em prol da causa da pessoa com deficiência, contribuindo para que a entidade chegasse a marca de 50 milhões de atendimentos e 4 milhões de pessoas assistidas no período 2005/2012.

 

Destacamos ainda que manteremos normalmente nossas atividades e reafirmamos a continuidade do trabalho da Instituição, uma missão que integra todos os nossos colaboradores na promoção das competências das pessoas com deficiência, com o objetivo de ajudá-las quanto ao desenvolvimento de autonomia, segurança e dignidade para o exercício pleno da cidadania.

 

A Diretoria

 

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2005, Acho que foi exatamente o ano em que fui ao stand da Avape, durante a Reatech, uma feira de tecnologia que ocorre anualmente em São Paulo, em busca de fazer uma ficha, apenas uma ficha para o cadastro da Avape. O que me disseram no stand da Avape, foi que:
"É difícil inserir o deficiente visual, a pessoa cega no mercado de trabalho..."
Então, por meio desta ACP, e tendo minhas recordações, inclusive publicadas a quando do ocorrido, no site da rede saci, no link
juntando b com a, formei ba, e decidi individualmente não dar nenhum crédito a qualquer nota de esclarecimento, embora por uma questão de honestidade, publico .
Prefiro esperar o que a justiça decidirá. E ainda assim, os fatos apresentados pelo MPT, e evidências pessoais, formam minha opinião.
 

4.3.13

Ford é condenada em ação de R$ 400 milhões por terceirização ilícita

 
Parabéns a Avap...
Parabéns pela sórdida maracutaia. É o que podemos esperar de instituições. E aí, coloco todas no mesmo pacote, embora possa haver uma ou duas que sejam íntegras.
 
 
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Ford é condenada em ação de R$ 400 milhões por terceirização ilícita 

A Ford do Brasil foi condenada pela Justiça do Trabalho em um processo de R$ 400 milhões por terceirização ilícita e fraude tributária. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, responsável pela ação civil pública, a empresa contratava empregados através da Avape, uma associação para promoção de pessoas com deficiência, também ré no processo, que contava com isenção fiscal. O problema é que dos 280 empregados que a instituição entregou à Ford ao longo de mais de uma década de relacionamento, nenhum deles possuía deficiência. À decisão, cabe recurso.
A sentença, proferida por Marcus Barberino, juiz do Trabalho da 15a Região, e publicada no último dia 27, afirma que a Avape funcionava como uma intermediária de mão de obra para que a Ford não arcasse com direitos trabalhistas e contribuições previdenciárias em Tatuí. A montadora possui uma pista de testes e um laboratório na cidade que são considerados referências internacionais no aperfeiçoamento e projeto de veículos. 
Ao longo do processo, a Avape justificou-se afirmando que prestava atendimento a pessoas com deficiência em sua unidade de Tatuí utilizando os recursos que obtinha da intermediação de mão de obra de pessoas sem deficiência. Contudo, segundo com a sentença, poucos eram os atendidos. 
De acordo com a ação civil pública, de responsabilidade do procurador do Trabalho Bruno Ament, nem a associação, nem a Ford cumpririam a legislação de inserção de pessoas com deficiência, que garante benefícios fiscais. Isso poderia gerar um efeito dominó. Afinal, se outra montadora descobrir que está sofrendo concorrência desleal através de dumping social, isso pode levá-la a copiar a mesma metodologia, gerando repercussões negativas à sociedade.
Em 2011, uma liminar solicitada pelo Ministério Público do Trabalho e deferida pela Justiça proibiu a Avape de intermediar mão de obra para a Ford em Tatuí e obrigando a montadora a contratar diretamente. No ano seguinte, o Tribunal Regional do Trabalho confirmou a liminar e negou, por unanimidade, um mandado de segurança para a montadora – que levou o caso ao Tribunal Superior do Trabalho. Contudo, com esta decisão sobre a ação civil pública, o mandado deixar de ter razão de existir. Após a liminar, a Avape fechou a sua unidade de Tatuí. 
Considerando que a organização social não possui patrimônio para cumprir a sentença, a Ford terá que arcar com a quase totalidade desses recursos: R$ 200 milhões para os Fundos Nacional e Estadual de Direitos Difusos e R$ 200 milhões a serem investidos na cidade de Tatuí, distante cerca de 130 quilômetros da capital paulista, em políticas de inserção e formação de pessoas com deficiência, mas também voltadas aos outros cidadãos. 
A empresa também foi condenada a contratar diretamente todos os empregados listados na atividade-fim do seu campo de provas. A Justiça não proibiu qualquer terceirização, mas apenas a ilegal, mantendo a possibilidade de utilizarem prestadores de serviço para atividades secundárias como limpeza e segurança. Por fim, a Ford também terá que veicular em cadeia nacional de TV inserções que tratem da condenação, explicando que a situação incitava a violação à dignidade humana, às regras de proteção do trabalho, à livre concorrência e ao fair trade.
Questionada pela reportagem, a montadora informou, através de sua assessoria de imprensa, que o processo ainda encontra-se sob júdice. "Por este motivo, a Ford não se pronunciará neste momento, pois aguarda uma solução final do processo por parte dos órgãos competentes."
Em nota, a Avape informou que mantinha com a Ford de Tatuí um contrato de terceirização para atividade-meio e não para atividade-fim ou mesmo para contratação de pessoas com deficiência. Afirmou que a sentença de primeira instância é "obscura e contraditória" e está entrando com embargos de declaração na Justiça. 
O processo corre com o número 0002153-24.2011.5.15.0116.
Com reportagem de Guilherme Zocchio.
 
Marcos André Leandro
 
 
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