Pois é, já começaram os relatos de desrespeito em relação às famílias socializadoras de cães-guia em treinamento. O projeto do Sesi, que colocou 19 cães em formação, cuja tarefa inicial é o treinamento da primeira fase, ou seja, os cães são colocados em socialização com famílias voluntárias. Nesta fase as famílias tem o dever de levar o cão sob seus cuidados, para todos os lugares: Transportes, restaurantes, ambiente de trabalho, etc. Mas, essas famílias já começam a enfrentar as dificuldades que nós cegos enfrentamos no ir e vir com o cão-guia já formado.
É só o começo da luta. O melhor, é que desta vez se trata de um projeto iniciado e mantido por uma entidade forte e de peso, tendo à frente nada menos que Paulo Skaf. Repito o que escrevi da outra vez, neste projeto estou acreditando muito.
Não me causa espanto que as famílias socializadoras estejam enfrentando dificuldades. Se os próprios usuários cegos enfrentam, imagine se seria fácil para aqueles que não são cegos, e estão acompanhados por filhotes. É uma pena, pois a lei é clara e assegura o mesmo direito de adentrar e permanecer em ambiente público ou privado de uso coletivo, dos cães-guia, também a essas famílias socializadoras. E olhem que se esse projeto estivesse sendo no Rio de Janeiro, onde nem mesmo a polícia respeita o usuário de cão-guia, a coisa seria infinitamente mais complicada.
Acho que a única forma de acabar definitivamente com este tipo de desrespeito e abuso, é instituir uma multa imediata e alta, a ser aplicada pela instituição ou entidade a que o cão-guia ou futuro cão-guia, envolvido no caso esteja ligado, a todo e qualquer estabelecimento que deixe de cumprir a lei, incluindo aí a corporação policial. Sabendo ou não da existência da lei. Afinal, não se pode mesmo alegar desconhecimento das leis para justificar seu descumprimento.
Vamos a notícia.
É só o começo da luta. O melhor, é que desta vez se trata de um projeto iniciado e mantido por uma entidade forte e de peso, tendo à frente nada menos que Paulo Skaf. Repito o que escrevi da outra vez, neste projeto estou acreditando muito.
Não me causa espanto que as famílias socializadoras estejam enfrentando dificuldades. Se os próprios usuários cegos enfrentam, imagine se seria fácil para aqueles que não são cegos, e estão acompanhados por filhotes. É uma pena, pois a lei é clara e assegura o mesmo direito de adentrar e permanecer em ambiente público ou privado de uso coletivo, dos cães-guia, também a essas famílias socializadoras. E olhem que se esse projeto estivesse sendo no Rio de Janeiro, onde nem mesmo a polícia respeita o usuário de cão-guia, a coisa seria infinitamente mais complicada.
Acho que a única forma de acabar definitivamente com este tipo de desrespeito e abuso, é instituir uma multa imediata e alta, a ser aplicada pela instituição ou entidade a que o cão-guia ou futuro cão-guia, envolvido no caso esteja ligado, a todo e qualquer estabelecimento que deixe de cumprir a lei, incluindo aí a corporação policial. Sabendo ou não da existência da lei. Afinal, não se pode mesmo alegar desconhecimento das leis para justificar seu descumprimento.
Vamos a notícia.
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Jornal da Tarde
Candidatos a cães-guia barrados no Metrô
Por enquanto, eles não passam de uns filhotes fofos e brincalhões. Mas estão a caminho de uma missão: tornarem-se cães-guia. Dezenove cachorros estão participando de um projeto do Sesi-SP para guiar deficientes visuais. É a primeira vez que uma quantidade como essa de cachorros é treinada de uma única vez.
Mas os animais, que estão em fase de socialização, têm enfrentado algumas dificuldades: estão sendo barrados no Metrô e alguns estabelecimentos comerciais, embora a entrada deles seja garantida por lei.
O Projeto Cão-guia do Sesi, que começou no mês passado, tem três fases. A primeira e atual, é a socialização dos animais. Famílias acolhedoras cuidarão deles por um período de cerca de um ano. Ao todo, 32 cães serão treinados e doados.
Nessa primeira etapa, os animais têm de circular o máximo possível, convivendo com a cidade e com as pessoas.
Nessa primeira etapa, os animais têm de circular o máximo possível, convivendo com a cidade e com as pessoas.
"É uma fase muito importante, a qual chamamos de urbanização, quando eles conhecem as calçadas, as ruas, as motos, os carros, enfim, todo o ambiente urbano", explica Sandra Buncana de Camis, de 54 anos, adestradora e parceira do projeto.
Entretanto, algumas famílias têm sido barradas. "Dois seguranças do Metrô me intimidaram, chegaram a segurar meu braço, dizendo que não era cego e por isso não poderia andar com o cachorro no Metrô", afirma Luciano Belocchi, de 41 anos.
O idealizador do projeto, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Sesi-SP, Paulo Skaf, diz que estão sendo tomadas medidas para resolver o problema.
Uma delas é enviar cartas ao Metrô, a empresas de transportes, a entidades como Associação Paulista de Supermercados, Associação de Bares e Restaurantes, entre outras, explicando o projeto. "Também penso em uma reunião com essas entidades."
Ele afirma que até no prédio da Fiesp os cães foram barrados quando chegaram pela primeira vez com os funcionários da entidade que estão atuando como famílias acolhedoras.
Skaf diz que já está atuando com a Secretaria Estadual da Segurança Pública para que os nomes das famílias acolhedoras fique no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). "Se elas tiverem algum problema, acionam a Polícia Militar e os policiais, já informados de que elas participam do projeto, orientem para que os cães tenham acesso, como garante a lei."
A assessoria do Metrô informou que reforçou que funcionários das estações permitam o acesso dos filhotes em socialização.
Depois dessa fase, as famílias entregam os cães para os treinadores. Eles passarão por treinamento que deverá durar em torno de seis meses.
Depois, serão doados para os deficientes visuais que trabalham na indústria. O projeto é de R$ 1 milhão, sendo que cada cão custa em torno de R$ 28 mil.
18/agosto/2011
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