Abaixo, uma maravilhosa novidade!
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Projeto Cão Guia do  Sesi-SP
Sesi-SP lança Projeto Cão-Guia  nesta terça-feira, 5/7
Iniciativa para transferência de  tecnologia social beneficiará deficientes visuais que trabalham na indústria  paulista
O Sesi-SP e o Instituto Meus  Olhos tem 4 patas, com o apoio da Fundação Dorina Nowill, lançam nesta  terça-feira (5), às 10 horas, na sede da Fiesp, o Projeto Cão-Guia Sesi-SP. A  iniciativa para transferência de tecnologia social beneficiará deficientes  visuais que trabalham na indústria paulista.
O projeto contempla a criação,  treinamento e doação de cães-guias para industriários com deficiência visual,  permitindo mobilidade autônoma e segura a esse público.
Em sua primeira etapa, os 32  filhotes de labrador e golden, adquiridos pelo Sesi-SP, serão entregues a  famílias acolhedoras, selecionadas pela entidade, para diferentes vivencias e  situações que permitirão equilíbrio comportamental aos futuros  cães-guias.
No segundo momento, os animais  serão encaminhados ao centro de treinamento do Instituto Meus Olhos tem 4 patas  para adestramento intensivo e especializado. Nesta etapa, o cachorro será  avaliado, permanentemente, por treinadores qualificados. O treinamento terá  duração de seis a oito meses, dependendo da evolução do animal.
No terceiro momento, os cães  escolhem seu futuro dono e passam por um período de instrução. Os cães-guias  serão doados gratuitamente aos industriários com deficiência visual, previamente  selecionados pelo Sesi-SP.
O Projeto
O Projeto Cão-Guia do Sesi-SP  visa a inclusão social e profissional das pessoas com deficiência  visual.
Queremos proporcionar a estes  cidadãos mobilidade autônoma para o trabalho e desenvolvimento de suas  atividades diárias com maior independência e segurança, o projeto também visa à  formação de novos treinadores e instrutores de dupla.
O Sesi-SP, através do Projeto  Cão-Guia, realizará a doação de cães-guia aos trabalhadores da Indústria com  deficiência visual, proporcionando a estes cidadãos mobilidade autônoma para o  trabalho e desenvolvimento de suas atividades diárias com maior independência,  segurança e inclusão social. O projeto também visa a formação de novos  treinadores e instrutores de dupla. São Paulo é o estado com maior número de  cegos do País, são quase 24 mil* pessoas. De acordo com ONG´s formadores de  cães-guia, hoje no Brasil existem cerca de 60 cães que guiam pessoas com  deficiência visual, enquanto existem quase 150 mil* pessoas cegas e 2,4 milhões*  com grande dificuldade de enxergar. 
Os profissionais formados durante  o projeto estarão aptos a treinar novos cães e capacitados a unir as duplas:  cão-guia e pessoa com deficiência visual. Cada animal precisa ser adaptado à sua  dupla, não basta saber os comandos, é necessário também que o cão tenha noções  de distância, altura e proporções da pessoa que acompanha, evitando acidentes.  Segundo a Fiesp - Federação das Indústrias de São Paulo, existem dificuldades em  preencher os postos de trabalho nas Indústrias com profissionais com deficiência  visual, sendo um dos obstáculos a dificuldade de deslocamento. As dificuldades  para ter um animal treinado são muitas, a pessoa com deficiência visual que  deseja um cão-guia tem a alternativa de comprá-lo fora do país, com gasto muito  alto, ou aguardar por tempo indeterminado na fila de espera de uma  ONG.
* Fonte: Censo IBGE  2000
Serão três fases que, ao todo,  somam cerca de dois anos para a formação dos cães-guia. Conheça cada uma  delas:
Acolhimento e  Socialização
Acolhimento e  Socialização
O primeiro passo fica com as  Famílias Acolhedoras que ajudarão esses cães, por cerca de um ano, a se tornarem  aptos para a atividade. Eles precisam aprender a conviver em sociedade, caminhar  nas ruas, utilizar o transporte público e frequentar locais de grande circulação  como aeroportos, supermercados, centros comerciais, etc. 
Nada melhor do que uma família  carinhosa para ajudar nestas descobertas, o filhote tem sua carteira de cão-guia  em socialização, placa de identificação e lenço exclusivo do Projeto Cão-Guia  Sesi-SP, assim a família terá passe livre para transitar por todos os lados.  Todas as especificações que asseguram a circulação dos cães estão previstas na  Lei nº. 11.126, de 27 de junho de 2005. 
Faça da sua família uma Família  Acolhedora 
 
Dúvidas frequentes
Quem pode adotar? 
Existem alguns critérios para uma  família assumir os cuidados de um filhote que mais tarde será um Cão-Guia, veja  abaixo: 
O responsável deve ter idade  superior a 18 anos e escolaridade mínima ensino médio; 
Ter as condições de saúde  necessárias para realizar as atividades de socialização com o cão;  
Possuir condições de higiene e  habitacionais adequadas; 
Ter uma boa infraestrutura  familiar sendo que todos os integrantes da família devem gostar de animais,  concordar com a adoção e estarem comprometidos com as necessidades envolvidas na  socialização do filhote; 
Estar preparado emocionalmente  para, findo o prazo, devolver o animal, principalmente no caso de haver crianças  na casa. É importante esclarecer-lhes que um cão em socialização é diferente do  cão de estimação e por isso existem regras a seguir. A criança deve ser  preparada para o momento da separação, enfatizando o ato solidário que a família  está realizando; 
Socializar o filhote em  diferentes ambientes 24 horas por dia, 7 dias por semana inclusive em viagens e  com o animal dormindo dentro de casa; 
Estar ciente que enfrentará  barreiras para estar com o cachorro em locais públicos como supermercados,  padarias, hotéis e terá que ter uma postura firme para superá-las;  
Aceitar as visitas mensais e as  orientações dadas pela equipe de supervisão. 
Quais as Regras para Adoção?  
Adotar um filhote de Cão-Guia é  um ato de amor e solidariedade. A família de acolhimento que o recebe em sua  residência estará colaborando para a melhoria da qualidade de vida das pessoas  com deficiência visual. Ser uma família de acolhimento significa assumir algumas  tarefas para com o cão: 
Realizar a socialização do  filhote, expondo-o aos diversos ambientes, tranquilos e movimentados,  submetendo-o ao maior número de experiências possíveis. Colocá-lo em contato com  pessoas, entrar em lojas e restaurantes, realizar viagens com a família, enfim,  participando de todos os acontecimentos familiares, pois saber comportar-se  educadamente e tranquilamente em todos os lugares por onde anda é fundamental no  seu futuro convívio social; 
Informar, periodicamente, aos  coordenadores do Projeto a evolução do filhote (saúde e  comportamento);
Relatar à coordenação do Projeto,  qualquer comportamento anormal apresentado pelo animal, como: medo,  agressividade e fuga; 
Receber visitas periódicas dos  educadores do programa, em sua residência, com objetivo de ser observado o  desenvolvimento e socialização do filhote adotando as orientações técnicas  recebidas;
Andar com o animal utilizando o  lenço e carteira de identidade, que o identifica como cão-guia em socialização,  quando em saídas para ambiente externo; 
Comparecer às consultas, na data  agendada, com o veterinário indicado pelo Projeto, onde serão realizados os  procedimentos de vermifugação, vacinação, orientação quanto à alimentação,  dentre outros;
Como deve ser a criação do  filhote? 
A família precisa estar ciente  que este filhote não é um animal de estimação. Ele está sendo preparado para ser  um trabalhador com função muito importante, cabendo a esta família:  
Aprender o básico do treinamento  no dia-a-dia com o filhote, como controlar seus hábitos negativos, ensiná-lo a  atender o chamado do seu nome e vários outros comandos (sentar, deitar, vir,  etc);
Ensinar o filhote a morder e  brincar com seus brinquedos (ao invés dos sapatos e objetos da família), deitar  no chão (não na cama ou no sofá) e comer ração de cachorro (não a comida da mesa  ou guloseimas);
Estar disposto a ter o filhote  sempre dentro de casa e em sua companhia, pois ele deverá acompanhar a família a  locais públicos, urbanos, trabalho e escola. Assim, o filhote ficará acostumado  com estas situações e irá se sentir confortável quando, mais tarde, estiver  desempenhando o seu trabalho.
Treinamento
Nesta fase os cães recebem  treinamento específico para serem excelentes cães-guia. 
Instrução
Nesta fase os cães-guia e tutores  e as pessoas com deficiência visual serão instruídos para que formem uma dupla  perfeita 
Treinamento 
Instrução da dupla
Legislação
LEI Nº 11.126, DE 27 DE JUNHO DE  2005.
Mensagem de veto
Dispõe sobre o direito do  portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso  coletivo acompanhado de cão-guia.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço  saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte  Lei:
Art. 1º É assegurado à pessoa  portadora de deficiência visual usuária de cão-guia o direito de ingressar e  permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados  de uso
coletivo, desde que observadas as  condições impostas por esta Lei.
§ 1º A deficiência visual  referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à baixa  visão.
§ 2º O disposto no caput deste  artigo aplica-se a todas as modalidades de transporte interestadual e  internacional com origem no território brasileiro.
Art. 2º (VETADO)
Art. 3º Constitui ato de  discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer tentativa voltada  a impedir ou dificultar o gozo do direito previsto no art. 1o desta  Lei.
Art. 4º Serão objeto de  regulamento os requisitos mínimos para identificação do cão-guia, a forma de  comprovação de treinamento do usuário, o valor da multa e o tempo de interdição  impostos à empresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privado  responsável pela discriminação. (Regulamento)
Art. 5º (VETADO)
Art. 6º Esta Lei entra em vigor  na data de sua publicação.
Brasília, 27 de junho de 2005;  184o da Independência e 117o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA  SILVA
Márcio Thomaz  Bastos
Fonte: Site da Presidência da  República Federativa do Brasil
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Todo o texto acima foi retirado  do site:
www.sesisp.org.br/caoguia/
Recomendo fortemente que visitem,  pois no site do Sesi, tudo está muito melhor explicado, com fotos, e formulário  para que os interessados possam se inscrever para ser uma família  socializadora.
Se este projeto for avante, e levado a sério como todos os projetos do Sesi, será fantástico. Acredito que agora teremos no Brasil um projeto sólido na área do cãoguia.
Fiquei muito feliz com esta notícia e com este projeto. E como já falei outras vezes, podem ter certeza que os números do IBGE em relação a estimativa de quantos cegos existem em São Paulo ou no Brasil, está muito a baixo da verdade.
Parabenizo à iniciativa, e torço muito para que de fato dê certo.
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