27.8.10

Óh insensato Senso por que, tanta discriminação no seu viver?

Faz muito tempo que venho dizendo que o senso vem ignorando deficientes e que essa amostragem é uma grande palhaçada. Finalmente, os ou próprios deficientes e suas pseudo instituições, parece que começaram a compreender isso. Embora ninguém tenha tomado nenhuma providência para mudar o fato.
O IBGE vai continuar ignorando os deficientes, e prometendo que no próximo fará a pergunta básica: "Existe alguma pessoa com deficiência na casa? Que tipo de deficiência?" E no próxima palhaçada (Senso), tudo se repetirá. Os deficientes, vão continuar fingindo que estão indignados com isso. Só de blábláblá, sem tomar medidas cabíveis e efetivas para coibir este absurdo.
Eu, sendo uma andorinha sozinha, uma vez que sou deficiente visual, aliás, eu e minha esposa; (já não sou portanto, uma andorinha sozinha), seguiremos o exemplo do IBGE.
Simplesmente vamos ignorar esta palhaçada de senso, vamos nos recusar a participar dessa pantomima, e não vamos responder ao questionário se este não for o questionário completo.
Tem multa a pagar caso eu me recuse a responder? Ótimo, eu tenho dinheiro.
Pago para me sentir digno, mas não aceito ser ignorado e desrespeitado gratuitamente.
 
Marcos André Leandro
 
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Caro leitor,
 
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O jornalista e palestrante Toni Vaz* escreveu um artigo muito pertinente a respeito do Censo IBGE e a pessoa com deficiência. Confiram!
 
Acabei de receber a simpática visita da recenseadora do IBGE. Uma universitária bem preparada que, além deste trabalho, passa roupas para pagar os estudos.
 
Fez todas as perguntas de praxe. Tudo terminado, perguntei: "não vai registrar que nessa casa tem um deficiente?" Ela disse que essa pesquisa é por amostragem, que o sistema (sempre ele – o sistema) é aleatório e ela não tem autonomia para acionar o questionário apropriado.
 
Ora, já disse em outros artigos: não é muito mais difícil contar a população toda de um a um? Por que não se pode perguntar: tem algum deficiente nessa casa? Só na minha rua somos dois. Na rua detrás são mais dois. Ninguém foi contato. Por que isso?
 
Porque se descobrirmos que somos uns 40 milhões de pessoas e não os 25 milhões divulgados pelo IBGE, descobriremos que temos muita força, poderemos exigir, com mais poder, que se cumpram as leis que nos protegem, que se façam as políticas públicas determinadas pela nossa Constituição. Além do mais, a população poderá questionar o que causa tantas deficiências nas pessoas e acabar descobrindo que são: estradas ruins, violência desenfreada, doenças já erradicadas em outras nações, falta de sistemas de tratamento de água e esgoto etc…
 
Mas a falsa estatística também é ruim para a indústria. Diante de números exatos (e elevados) ela poderia desenvolver mais produtos para este público. Venderia mais e pagaria mais impostos, aumentando a já elevada sanha arrecadadora do Governo. Ou seja, a não correta contagem de quantos deficientes tem o Brasil é ruim para todos (ou quase todos…).
 
*Pós-graduado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela Unileste/MG, Curso de Motivação e Gerenciamento de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas, Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, Jornalista, Radialista, membro fundador da Associação dos Deficientes Físicos do Vale do Aço/MG – Adefiva, autor das obras: Para Quem Sonha Ser Vencedor (lançada na 19ª Bienal Internacional de São Paulo), do audiolivro Diálogo Para O Crescimento.
 
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Informações retiradas do site:
 
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