8.11.10

Jornalista diz ser contra o cão-guia

Olá gente! há algum tempo não escrevo. Mas chegou a hora de mais um poust.
Abaixo, colo os argumentos - se é que se pode chamar isso de argumentos -, de um jornalista - se é que se pode chamar uma pessoa assim de jornalista -, explicando porque é contra o cão-guia... Abaixo desses argumentos, eu e um outro usuário de cão-guia rebatemos tais argumentos, e explicamos porque somos felizes usuários ou melhor, temos por companheiros e amigos, nossos cães-guia
Tudo foi retirado do blog do Beto Pereira
 
 

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Beto,
 
Descobri seu blog através de uma busca na internet sobre cães-guias. A partir de então, lhe sigo pelo Twitter e gostaria que você conhecesse um pouco de minha história.
Diferentemente de você, não sou deficiente visual, físico ou auditivo, nem sou portador de qualquer outra deficiência crônica, congênita ou adquirida. Tenho quase 30 anos, sou jornalista e convivo há cerca de um ano com um amigo cego que teria e tem à sua disposição oportunidade para se dar bem na vida do modo mais indolor, mas prefere seguir seus princípios e viver o máximo possível dentro da normalidade e realidade das outras pessoas. Antes de conhecê-lo, nunca vivenciei qualquer experiência ou relação com cegos, surdos ou paralíticos, exceto um primo distante, mas não convivia diariamente com este.
Pois bem. Esse meu amigo cego foi criado numa cidade do interior do Rio. Nasceu com baixa visão adquirida durante a gestação. A sua mãe teve toxoplasmose e foi apenas portadora da doença sem saber. Após ele, ela teve mais duas filhas, que nasceram sadias. Aos 18 anos, ele teve uma crise de sarampo que fez com que sua visão se perdesse completamente. Pois bem. Conhecendo um pouco de sua história de vida, percebi nele uma força de vontade e um desejo intenso de viver e lutar pelos seus direitos e deveres.
Um deles foi poder estudar. Após a crise de sarampo e consequente cegueira, ele ficou cerca de 10 anos sem poder estudar, já que não havia escolas preparadas para recebê-lo. Isso ele veio conseguir bem depois, na cidade do Rio de Janeiro. Ele fez supletivo para concluir o ensino médio, e estimulado pelos professores, tentou o vestibular em três instituições: Unirio, UFRJ e UFF. Nestas duas últimas, foi aprovado, mas preferiu cursar Letras/Latim na UFRJ. Ano passado, ele concluiu o bacharelado e ano que vem ele concluirá a licenciatura.
Eu o conheci por meio de um outro cego, que também morava numa instituição que abriga pessoas cegas e oferece diversos auxílios aos mesmos. Na ocasião, eu o levei ao Centro da cidade, e quando o visitei, conheci este de quem falo (o que estuda Letras). Tornei-me amigo dele e passamos a nos falar e nos conhecer cada vez mais. Desde o primeiro instante, nunca o tratei como coitado nem mesmo como cego. De acordo com o que ele mesmo me diz, sempre agi com naturalidade, como se já soubesse lidar com cegos, uma vez que nunca tive antes experiência parecida, o que lhe chamou a atenção.
No Rio, a vida dele se limitava aos estudos e a ir para casa (o abrigo onde morava). Quando nos conhecemos, passamos a ir à praia, aos shoppings, praças, lanchonetes, livrarias e realizar programas como qualquer pessoa faz. Sei que o cego é orientado pra se apoiar no ombro das pessoas ao caminhar, mas eu, devido ao laço de amizade que criei com ele, permiti que segurasse em meu antebraço para irmos a qualquer lugar. Meu desejo era que as pessoas vissem que o cego é uma pessoa como qualquer outra, mas com limitações que devem ser respeitadas, e que vissem o quanto ele é amado e querido por mim, que mais do que seu amigo, considero-me seu irmão. Hoje dividimos um apartamento, e diariamente, convivemos de forma amigável e respeitosa.
Ele também tem as mesmas opiniões que eu acerca disso tudo que narrei, e pode lhe confirmar cada letra, e por esta razão, eu venho me manifestar a respeito do uso de cães-guias para cegos que, ao contrário do que você e outros cegos defendem, não considero tão maravilhoso quanto se imagina.
A primeira objeção que faço é que o uso de cão-guia é um recurso caríssimo e restrito a uma parcela ínfima de outra minoria já existente, que são os deficientes visuais. Quantos cegos no Brasil têm condições de adquirir e sustentar um cão-guia?
A segunda objeção que faço é que, a meu ver, utilizar o animal para se dedicar quase que integralmente a uma atividade servil é uma verdadeira perversidade praticada contra a índole do bichinho. Você mesmo em seu blog menciona o que se deve ou não fazer com os mesmos quando estes estão conduzindo os seus donos. O cão deixa de ser um animal para ser uma máquina.
A terceira objeção é que, em minha opinião, um cão-guia para um cego não é sinônimo de independência, e sim de arrogância, de antissociabilidade e de autoexclusão. Ao mesmo tempo em que um cego deseja se incluir na sociedade e lutar por direitos, ele está se excluindo, se comportando de maneira arrogante em relação aos demais, denegrindo a imagem dos cegos e contribuindo para a sua estigmatização. Ou seja, você deixa de depender do ser humano, com quem você é capaz de interagir e se relacionar de forma recíproca para se relacionar com um ser inferior a você, que nada mais faz além daquilo que é próprio de sua natureza. Eu, se fosse cego, bem como este meu amigo que é cego, não nos sentiríamos bem, por exemplo, indo a um restaurante acompanhados de um cachorro. Estaríamos praticando um 'direito', mas expondo outras pessoas ao perigo de contágio com parasitas e outras doenças. O cão é limpinho? Sim, pode ser, mas o risco existe, de qualquer maneira. O ser humano pode se contaminar de outras formas? Claro que pode, mas não queira rebaixar o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, ao nível dos cachorros, que apesar de amáveis, dóceis e graciosos, nada mais são do que animais, instintivos e só.
A quarta objeção é que pra mim a utilização de cão-guia afasta algumas pessoas de você. Muitas pessoas são alérgicas e/ou sentem medo de cães, e ficam receosas sobre o que eles podem ou não fazer, mesmo que você diga que o cão-guia é dócil e treinado. Você deixa de viver o seu mundo, o mundo humano, pra se relacionar com cachorros, animais. Ninguém é obrigado a gostar de cães, mas acho que de seres humanos, a pessoa deve se esforçar pelo menos para viver de forma harmoniosa. Eu já acho algo incoerente pessoas que gastam milhares de reais em petshop, mas são incapazes de fazer o bem a um morador de rua, uma criança, um idoso ou uma pessoa comum, mesmo não sendo especial. Pessoas que agem de tal forma, a meu ver, são mal resolvidas socialmente ou possuem algum tipo de trauma. E da mesma forma, não penso que seja tão 'cult', 'in' alguém utilizar cão-guia. Você tem esse direito? Ótimo pra você, mas penso que se o exercício desse direito gera ônus para outrem, isso não seja tão justo. Se você luta tanto por inclusão e geração de direitos para cegos e outras pessoas com deficiência, penso que o uso do cão-guia não deve ser uma bandeira a ser levantada e defendida como se fosse a única ou melhor alternativa pra inclusão do cego na sociedade, até porque a sua utilização é restrita à minoria dos deficientes visuais.
Ou você acha, por exemplo, que meu amigo em questão preferiria a companhia de um cachorro a de um outro amigo? Deixo que reflita sobre isso.
Um abraço!
 
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 Beto
em novembro 5th, 2010 @ 11:54
Prezado Marcel Victor Sousa
 
Primeiramente, grato por nos escrever.
 
Embora discorde de suas colocações, mas seja totalmente a favor da liberdade de opinião, faço questão de publicar seus comentários neste espaço, como também me dou o direito de contrapor algumas questões expostas por sua pessoa.
De início, parabéns por tão bonita amizade com seu amigo, e por sua postura que mesmo intuitiva para com ele e sua deficiência, dera tão bom resultado para ambos, porém devo lamentar que você enquanto um jornalista, se limite ao pequeno universo com o qual atua, quando temos uma diversidade na diversidade, dentre as milhões de pessoas com deficiência seja ela qual for.
 
Quando você fala que não considera a utilização do cão-guia tão maravilhosa quanto se imagina, entendo que cada pessoa tem todo o direito de concordar ou não com o que quer que seja, porém seu posicionamento que de início até me pareceu com respeito, ao longo de seu texto, chega à intolerância e discriminação, visto partir de uma pessoa que não vivencia as diversas nuances da inclusão e do acesso e que se norteia apenas por aquilo que observa à distância ou pelo contato com poucas pessoas com deficiência e não portadores , paralíticos, surdos ou cegos como você denomina, por que antes das deficiências, estão as pessoas, bem como o direito legal, moral e social, de suas escolhas, sem contudo serem rotuladas tuteladas ou discriminadas como você sugere.
 
Realmente a maioria das pessoas cegas não contam com a possibilidade de adquirir um cão-guia, fato que eu só tenho a lamentar, pois sei quantas destas mesmas milhares de pessoas com as quais mantenho contato por conta de minhas atividades, sonham com um. Agora você não acha leviano tentar fundamentar sua opinião falando dos que tem acesso ao cão-guia e dos que não o tem, quando infelizmente vivemos em uma sociedade de bilhões de pessoas cerceadas do acesso a moradia digna, do acesso a educação, cultura, alimentação e tantos outros direitos 'basilares' como você mesmo fala, enquanto você, eu e tantos outros continuamos sob um abrigo, estudando, lendo, indo ao shopping, teatro e nos alimentando? Então, qual seria a diferença entre ter e não ter, poder e não poder? Será que no caso em questão, seria apenas a deficiência? E, assim sendo, não seria este um grande preconceito de vossa parte?
 
Você comete um grande equívoco quando fala que o cão-guia deixa de ser um animal para ser uma máquina. Eu que estou a 4 anos com um, creio que tenha um pouco de legitimidade para afirmar que ele como outros cães são seres que tem vida, necessidades e pasme, possui muita sensibilidade ao ponto de estabelecer uma parceria incrível onde não há relação trabalhista como alguns imaginam, mas sim de cumplicidade, amor e respeito e de muita qualidade de vida para ambos. No mais, quando você diz que cão-guia para um cego não é sinônimo de independência, e sim de arrogância, de antissociabilidade e de auto-exclusão, eu diria que a arrogância e a antissociabilidade, estão, por vezes, veladas, por outras, nítidas em pessoas que sem nenhuma experiência pessoal ou qualquer embasamento rotulam e condenam opções alheias.
 
Em tempo, nem eu e nem qualquer outro usuário de cão-guia que eu conheça, tem por objetivo denegrir a imagem de colegas que optem pelo uso da bengala. Ainda contrapondo seus argumentos, temos sim: independência e muita autonomia. Além de sermos respeitados pela maioria da população que admira a interação homem e cão. Assim, essa interação com o cão, em nenhum instante restringe aproximação de outras pessoas conforme você coloca, mas ao contrário, potencializa e é dessa mesma relação a qual você tanto critica, que podemos viajar, jantar em restaurantes, sair em turma, fazer passeio com amigos, paquerar, etc.. Assim, quero aclarar que de forma alguma O cão-guia representa restrição, mas possibilidades!
 
Em suas exposições, primeiro você fala que transformamos cães em máquinas, depois diz que estamos nos relacionando com seres inferiores, contradições óbvias na tentativa de justificar o injustificável , ou seja, embasar sua opinião de que estamos equivocados em compartilhar e de testemunhar a alegria e a qualidade de vida com esses nossos amigos de 4 patas. Seguindo em seus argumentos, você entra na questão que rebaixamos o ser humano à imagem de um cão, que não é o caso, e fala que o ser humanno foi criado à imagem e semelhança de Deus, ao que penso que seja muita pretensão de sua parte, querer rebaixar Deus à imagem do ser humano, sobre tudo, de alguns que apresentam grande dificuldade para viver em grupo e por conseqüência com as diferenças e escolhas de outrem.
 
No mais, quando temos uma legislação que versa acerca do acesso, direitos e deveres do usuário de cão-guia, quando esses mesmos usuários adotam todas as medidas de assepsia, afirmações infundadas acerca de qualquer possibilidade de transmição de doença por sua utilização,é no mínimo apelar quando da ausência de argumentos plausíveis.
 
Como já coloquei em algumas oportunidades, eu não entro com meu cão-guia no carro ou vou há casa de um amigo que não simpatiza com a utilização desse recurso, porém quando falamos de um hotel, um restaurante, um transporte público ou qualquer outro local público ou privado de uso coletivo, prevalece o direito de ir e vir e o acesso de pessoas com qualquer deficiência que esteja utilizando dos recursos a ela necessários, e isso, é assegurado por lei, cabendo a quem não se sentir a vontade, o livre direito de se afastar se assim preferir.
 
Quando realizo palestras para pessoas com e sem deficiência, uma das questões fundantes que coloco, é o livre direito da pessoa escolher aquilo que melhor a atende no que concerne a qualidade de vida, e isso pode ser uma bengala, um cão-guia, um vídeo ampliador, um leitor de tela ou qualquer outro recurso que a satisfaça, pois sou pautado pelo respeito à escolha de cada um e estou convicto de que a independência, o caráter, a dignidade e a ética, perpassam estas questões de possibilidade e opções, mas nunca deixarei de dar meu testemunho pessoal do quão minha vida se transformou para melhor com a utilização de um cão-guia, embora pense que essa disputa que algumas pessoas tentam instigar entre bengala x cão-guia, é mastodonticamente improdutiva, à medida que um e outro não concorrem, como a pequeneza de alguns tentam fazer parecer.
 
Concluindo, chegará um dia que os aproximadamente oitenta usuários de cão-guia de nosso país, serão oitocentos e, mais à frente, quem sabe, oito mil. E ainda, sem que se diga que nós, deficiêntes visuais, não posssamos estar entre amigos por conta da utilização de nossos cães-guias, como vc tenta sugerir ou que este ou aquele recurso seja melhor que outro. Porque o importante é que estaremos sim, cada vez mais, compartilhando espaços comuns, exercitando cidadania, respeitando e convivendo com as diferenças entre os iguais já que todos fazemos parte da mesma espécie humana.
 

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 Marcos André Leandro
em novembro 6th, 2010 @ 18:16
Quero me dirigir ao nosso prezado Marcel Victor Sousa,
Para comentar e responder às abobrinhas que escreveu.
Eu ia rebater suas declarações preconceituosas ponto a ponto, mas o Beto Pereira, já fez isso com total
maestria e propriedade.
Só gostaria de reforçar cada palavra que ele falou, dando total apoio no que diz respeito à parceria entre homem e cão-guia.
Gostaria de dizer ainda, que você é no mínimo infeliz, quando diz que o cachorro se torna uma máquina, o que demonstra claramente que não entende absolutamente nada daquilo que está criticando. É lamentável que um jornalista haja assim, e tão levianamente exponha suas idéias preconceituosas, a cerca de um tema importante para uma classe. Ou seja, você mostra que não será um bom jornalista, porque é parcial, e não investiga um
tema antes de escrever sobre ele. Eu que nunca fiz faculdade de jornalismo, sei que os bons jornalistas são
obrigados a pesquisar todos os pontos de vista de uma matéria, antes de escrever, justamente para não
escrever tantas asneiras como você fez. Parece que não ensinaram isso na faculdade que você cursou.
Me responda, qual é o cachorro mais feliz, é aquele que está 24 horas com seu dono, que é para ele, o líder,
o superior, o pai? Ou será aquele que fica trancado em um quintal, ou mesmo em um apartamento minúsculo o dia
inteiro? Acho que nem preciso responder… Logo, máquina ele não é, porque máquina não demonstra felicidade.
e:\net\
Por vezes, saio sem levar meu cão-guia… E, me pergunte como ele fica? Respondo, fica triste. Ou você acha
que cães não possuem sentimentos, não sabem o que é tristeza nem alegria?
Você alega que o Beto diz o que se pode ou não fazer enquanto o cão-guia está em trabalho, para embasar sua
opinião de que o cão se torna um escravo… Me responda, quando você está trabalhando, gosta que seus colegas
fiquem brincando com você, mexendo nos seus papéis, ou coisa do tipo? Será que isso não tira sua atenção? Da
mesma forma tira a atenção do cão. Não porque ele seja uma máquina, novamente, isso prova justamente o
contrário.
O cão-guia, não é um escravo, é apenas e verdadeiramente, um cão que trabalha. Um cão que tem uma função útil
e real, que é a de guiar uma pessoa cega. Talvez fosse correto considerar que escravos e máquinas, são aqueles cães que ficam aprisionados em seus quintais, com a missão de espantar bandidos, e exposto a todo tipo de violência, seja dos vizinhos, seja de outros animais, seja das intempéries da natureza, etc…
O terceiro ponto das suas abobrinhas, nem vou comentar, porque você não é cego, e não sabe o que significa
independência enquanto pessoa cega. Faça um trabalho descente de jornalismo, e vivencie a realidade de um
cego, para depois escrever sobre isso. Coloque venda nos olhos, e tente andar sozinho, dependendo de outras
pessoas como você diz ser a maior maravilha do mundo. Use uma bengala para isso. Depois, faça o mesmo com um
cão-guia, e só então darei atenção à sua opinião preconceituosa, ainda que ela continue sendo parcial e
tendenciosa. Mas lembre, um bom jornalista, faria antes um curso de O.M., para poder usar corretamente a
bengala, e depois o cão-guia.
E, ainda neste tópico, uma opinião absolutamente pessoal: Deixar de me relacionar com um ser humano, para me
relacionar com um cachorro, acho que foi uma das melhores coisas que me aconteceu. O cachorro não é um ser
inferior como você diz. Um cachorro, jamais escreveria um artigo tão preconceituoso, um cachorro não atira em uma mulher
 
indefesa e depois joga o carro desta mulher ferida, dentro de um rio, para que morra sangrando e afogada, um
cachorro não esquarteja uma mulher e joga as partes para os seres humanos comerem, apenas para não pagar
pensão do próprio filho… Quem é mesmo inferior? Quem é mesmo imagem e semelhança de Deus?
Quem é que não trai sua natureza a não ser para ajudar a um outro ser, ainda que este não seja de sua própria
espécie? Repense meu caro, porque eu não tenho o menor orgulho de fazer parte disso que você chama de raça
superior. Prefiro infinitamente depender do meu cachorro sim!
E, só para finalizar, ninguém usuário de cão-guia, defende o uso do cão-guia como a única, muito menos como a
melhor alternativa de locomoção e independência do cego. Pelo contrário, os avessos ao cão-guia é que tentam
sistematicamente e sem fundamento, denegrir o uso do cão-guia, com as alegações mais estapafúrdias, como: "O
cão-guia é sujo", mas esquece-se de dizer que muitos cegos usuários de bengala, metem a bengala na merda, e
depois colocam, sem saber que está suja, a mesma bengala sobre a mesa de um restaurante, enquanto o cão-guia,
além de nunca pisar em merda nem deixar o seu dono pisar, fica sempre debaixo da mesa e nunca sobre esta.
Quanto a dizer que o cão-guia afasta algumas pessoas que possam ter medo ou alergia, certamente esta é a
única coisa que disse com coerência. Mas, quem tem alergia ao pelo de cachorro, tem a qualquer cachorro e não
apenas ao pelo do cão-guia. Portanto essas pessoas se afastarão não apenas do cego com cão-guia, mas se
afastarão de madames que estejam passeando no shopping com seu yorkshire, poodle, e até mesmo com um casaco
de pele. E os que tem medo ou não gostam de cachorro… Desculpe, mas quem não gosta de cachorro ou tem medo
de seres como esses que são além de treinados, visivelmente dóceis, realmente dessas pessoas, quero distância. Prefiro que se mantenham afastadas de mim.
Entre a companhia de um ser humano preconceituoso como você, e a do meu cão-guia, prefiro infinitamente a do
meu cão-guia.
No fim, acabei escrevendo demais. Mas não consigo ficar quieto quando leio tantas abobrinhas.
Abraços,
 
Marcos André Leandro
Usuário de cão-guia
E, infelizmente, ser humano.
 

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Sem mais o que comentar,
 
Marcos André Leandro
no twitter
@marcosaleandro
 

5.10.10

Empréstimos gratuitos de camas hospitalares e cadeiras de rodas

A informação é verdadeira. Eu mesmo, Marcos André Leandro, liguei no número de celular que consta abaixo, e falei com uma senhora que confirmou a informação e disse que já fazem isso há 21 anos.
Em princípio ela disse que para fora do Rio de Janeiro, não empresta porque o frete é caro e a pessoa não ia querer assumir o custo. Mas quando eu questionei mas se a pessoa pagar o frete pode fazer o empréstimo? Ela  confirmou que sim.
Então, de fato vale à pena divulgar.
Abraços,
 
Marcos André Leandro
 

Empréstimo: Camas hospitalares e cadeiras de rodas.
                   
                     Gratuito e EM TODO BRASIL!
 
Um ser humano muito especial, chamado Aroldo Mendonça, integrante do Rotary Clube, formou um banco de leitos hospitalares e cadeiras de rodas e os empresta, sem cobrar nada, só pedindo em troca a sua devolução, quando não é mais necessária. Ele é um anjo da guarda para muita gente.
 
Atualmente, o banco, conta com mais de 600 leitos espalhados por todo o Brasil, já que o Sr. Aroldo conserta e aceita doações das camas hospitalares e cadeiras de roda, mesmo quebradas, ele retira no local e leva para a sua oficina que é especializada nesse tipo de conserto; As doações são as propulsoras dos empréstimos e ajudam a mais e mais pessoas, todos os dias e em todos os pontos do país, sem pedir nada em troca..
 
O frete dos empréstimos fica por conta da pessoa interessada que faz uma espécie de contrato com o Sr. Aroldo por seis meses, sendo renovável por mais tempo, mediante a necessidade do prolongamento do uso do equipamento.
 
Caso precise, ligue para o Sr. Aroldo Mendonça:
(21) 2266-2501
(21) 2266-2501 ou
(21) 9636-8000  (21) 9636-8000
 
Vale divulgar, não é mesmo?
 
Passe para sua lista de contatos, de modo a chegar a quem precisa.
Se alguém conhecer pessoas ligadas a hospitais divulguem também.
Acredito que se você não precisa e pode ajudar, vai aí uma ótima causa! 

4.10.10

protesto à rádio 9 de julho.

    Vamos lá rádio-ouvintes, manifeste seu protesto! Assinem este e-mail e envie para:
 
 
    Diretor Padre José Renato Ferreira.
    Telefone da rádio: 3932-1600
 
    Observação: Não use responder à todos e sim envie direto para o e-mail acima!
 
    Vamos mostrar nossa insatisfação!
 

            PROTESTO

 

            Vimos protestar pela retirada do programa Espaço Alternativo do ar, pois entendemos que o mesmo tem a função de transformar idéias preconcebidas, preconceitos, mostrando a sociedade que uma pessoa com deficiência pode superar suas diferenças podendo assumir seu papel de cidadão na sociedade; Divulgando movimentos prol qualificação e inclusão das pessoas com deficiência, ofertas de vagas para trabalho, oportunidades de estudos, depoimentos de pessoas com deficiência que superaram suas diferenças dando estímulo para outras pessoas que hoje procura uma referência.

            Embora sempre fosse o dever das igrejas fazer sua parte de socialização das comunidades dando amparo aos menos favorecidos, e isto vem sendo muito bem feito quando paróquias se organizam para recolher produtos alimentícios fornecendo cestas básicas, encontros para casais dando a eles uma base atitudinal para que possam criar suas famílias com bons costumes e etc.

            Então,  lembramos da campanha da fraternidade do ano 2006: Levanta-te e venha para o meio! Tema maravilhoso em favor as pessoas com deficiência; Este programa Espaço alternativo no ar é uma maneira da igreja dar continuidade em sua proposta, não podemos nos esquecer que os fieis colaboram com a rádio 9 de julho, então nada mais justo que a rádio 9 de julho retorne prestando serviços em uma causa justa e muito digna apoiando as pessoas com deficiência, as pessoas da terceira idade dando a eles um espaço para se manifestarem suas necessidades e sensibilizar a sociedade quanto seus anseios de evolução; Sabemos que se as pessoas com deficiência conseguindo superar suas diferenças não é melhor somente para elas e sim melhor para todos, então poderemos ver um mundo muito melhor.

            Sabemos que para este programa estar no ar custa muito pouco para emissora, pois quem trabalha para fazer acontecer são voluntários; como Cristo tinha seus discípulos e sempre soube respeitá-los e sempre os valorizavam! Eis aí um discípulo da rádio 9 de julho: Edson Natale! Fazendo tudo com dedicação, carinho, assiduidade, embora sendo uma pessoa leiga renuncia ao bem estar de sua família aos finais de semana para estar trabalhando voluntariamente em benefício da humanidade!

            Como ficam os votos, juramentos feitos em uma ordenação vocacional?

            Como ouvintes participantes e colaboradores do programa Espaço alternativo desta emissora, esperamos sermos ouvidos! Queremos nosso programa Espaço alternativo no ar, a voz de seu discípulo, nosso porta-voz De direito!

            Obrigado!

 

Marcos André Leandro 7472-2398 RG.: 281171506

Grupo Amigos pra valer! 9594-9875, RG 10.266.111-x

José Vicente de Paula, 9594-9875, RG 10.266.111-x

Marilene Borges de Paula, 9594-9875. RG 7.700.097-3

 Estelita Albano. 6508-2121

Luzia Aparecida Ferreira.

Maria Nelza Morais.

Agnaldo Batista Torres.

Eva Martins.

Berenice Berenice de Paula Oliveira Sabino.

Sônia Bragante.

Maria da Paz Sales Quiróz.

Bernadete de Paula Oliveira Fonceca.

Geraldo Pinheiro da Foncecaq Filho.

José de Arimatéia de Oliveira.

Miguel Arcanjo de Paula Oliveira.

Jordino Sabino.

Ana Ronilda de moura.

Maria Izilda Lopes.

 



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Verificado por AVG - www.avgbrasil.com.br
Versão: 9.0.856 / Banco de dados de vírus: 271.1.1/3174 - Data de Lançamento: 10/03/10 03:34:00

30.9.10

Resposta de um hotel a um pedido de hospedagem a um cão!


LI EM ALGUM LUGAR E                      ACHEI ÓTIMA A RESPOSTA!
 
Viajando com o meu cão, escrevi antecipadamente ao Hotel Amador Las Cruces, no Estado do Novo México, para saber se podiam acomodar um hóspede de quatro
patas. Eis a resposta:
 
Trabalhamos na indústria hoteleira há mais de 30 anos.
Até agora nunca precisamos chamar a polícia para expulsar um cão que promovesse distúrbios até altas horas da noite.
PS: Se ele se responsabilizar pelo senhor, "venha também".
 
 
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Autoria desconhecida.

14.9.10

Conheça melhor Mara Gabrilli

Vote 4517

Mara nasceu em 1967, em São Paulo, mas foi na cidade de Santo André, região do ABC, que ela passou boa parte de sua infância. Menina alegre e muito travessa,

Mara sempre estimulou nos outros – e em si mesma – a capacidade de rir da vida, de batalhar, de se transformar.

 

“Sempre brincava correndo pela casa, de um lado para o outro, sem parar. Deixava minha mãe e meu irmão loucos – nunca conseguiam me alcançar”, brinca Mara,

lembrando dos tempos de menina. “Acho que gastei boa parte do que podia correr naquela época. Hoje, não sofro por não conseguir dar um passo”.

 

Aos 27 anos, enquanto cursava sua segunda faculdade, de psicologia (já era formada em publicidade), Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou

paralisada do pescoço para baixo. O médico, que veio dar a noticia da tetraplegia, foi categórico: “Mara, você tem apenas 1% de chance de voltar a andar”.

E logo Mara pensou – rápida como a menina que corria pela casa – “então, eu tenho muito trabalho a fazer”. E fez.

 

Um ano e meio após o acidente de carro, embarcou para Israel – com a companhia apenas de uma assistente – para conhecer de perto uma pesquisa para cura

de paralisia que cientistas israelenses estavam fazendo com ratos. Para tanto, montou uma ONG (ela imaginou que nunca a receberiam pensando que era apenas

uma curiosa) e se apresentou como a presidente do Projeto Próximo Passo, que incentiva pesquisa para cura de paralisias no Brasil.

 

Mara conseguiu, com essa visita, trazer o cientista Dr. Semion Rochkind, de Tel-Aviv, para uma integração com médicos e pesquisadores do Hospital Israelita

Albert Einstein, de São Paulo.

 

Ainda na frente da PPP, começou a receber pedidos para patrocinar atletas com deficiência. Mais uma vez, Mara encarou o desafio: a PPP chegou a ter 85 atletas

e contar com patrocínio de empresas nacionais e multinacionais. Alguns de seus atletas trouxeram medalhas de ouro para o Brasil e, com certeza, despontarão

nas paraolimpíadas que se aproximam.

 

Hoje, Mara é vereadora da cidade de São Paulo. Nas eleições de 2008 foi a mulher mais bem votada do Brasil com 79.912. Sua determinação e vontade de transformação

podem ser vistas ao cadeirar por vários trechos da cidade. Onde há acessos para pessoas com deficiência, houve muita luta de Mara Gabrilli. Para ela, o

ser humano pode ir muito além quando tem vontade de transformar. “A mudança está dentro de cada um, o movimento é interno. Você não precisa se mexer para

trilhar sua trajetória e melhorar a vida do outro”, afirma.

 

Antes de encarar o desafio de ser vereadora, Mara foi Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da cidade de São Paulo, primeiro

órgão do Brasil criado para desenvolver políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência. Projeto pensado por ela e implementado pelo ex-prefeito

José Serra.

 

Mara nunca ficou parada diante da vida, diante da sua própria paralisia. Incansável, acredita que quando melhora a vida dos outros, melhora a sua também.

E é seguindo esta ideia que ela realiza seu trabalho na Câmara Municipal, lutando para que suas leis possam melhorar a vida das pessoas da nossa cidade.

É esta vontade de mudar que Mara quer levar para todo o nosso país.

 

Assista ao vídeo e conheça um pouco mais da sua história. 

 

 

Mara Gabrilli - Vida e trajetória (2004) 

 

 

Retirado do site

www.maragabrilli.com.br

 

Mara Gabrilli . 4517

 

Conheça mais

 


Trabalho

Igualdade de oportunidades é igualdade de acessos. É por isso que Mara Gabrilli desenvolveu em São Paulo várias ações e projetos para garantir acessibilidade
às pessoas com deficiência da nossa cidade. Mara acredita que uma sociedade inclusiva é aquela que oferece acessos iguais a todos. E foi trabalhando muito
que Mara conseguiu aprovar quatro leis, além de ser autora de 53 projetos que tramitam na Câmara Municipal, que a propósito é hoje a mais acessível do
Brasil e pode receber diariamente pessoas com deficiência de todos os lugares do país.

Para que todos os cidadãos tivessem acesso aos serviços de São Paulo, Mara trabalhou muito para garantir o direito de ir e vir de toda a população. Criou
o Plano Emergencial de Calçadas - PEC - lei responsável pela reforma de mais de 450 km de calçadas da nossa cidade. E também foi uma das responsáveis pela
reforma da Avenida Paulista, que hoje é a mais acessível da América Latina. É dela também a realização da Cartilha Olhe a Paulista - Avenida Universal
- material que reúne dicas de conservação da principal avenida do nosso país.

Para garantir transporte gratuito a quem não podia sair de casa, Mara abriu permanentemente as inscrições do Atende - serviço que faz atendimento porta-porta,
levando pessoas com deficiência para os centros de reabilitação. Além disso, aumentou de 300 para 4 mil o número de ônibus adaptados para pessoas com deficiência
e mobilidade reduzida.

Mara acompanhou e estimulou a implantação de redes de atendimento às pessoas com deficiência nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos postos do Sistema
Único de Saúde (SUS). E seu esforço valeu a pena, São Paulo foi a primeira capital do país a ter Núcleos de Reabiltação e Saúde Auditiva. Ela é autora
da lei que cria um Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva, serviço espalhado em vários regiões da capital.

Pensando em inserir a pessoa com deficiência no cenário cultural da nossa cidade, Mara criou o programa Arte Inclui, que levou mais de 14 mil pessoas com
deficiência aos pontos culturais de São Paulo. E no esporte, Mara implantou os jogos Inclui Sampa, o primeiro totalmente inclusivo. Ela também organizou
o Seminário Remar é Possível, que incentivou o remo adaptado, modalidade que ganhou ouro no mundial com nossos representantes paulistanos.

Para despertar a consciência cidadã de cada um, Mara desenvolveu o Manual da Convivência, um material que facilita o convívio entre pessoas com e sem deficiência,
e também a cartilha do Desenho Universal, que explica em linguagem simples como aplicar o conceito de universalidade de acessos e serviços. E para facilitar
a comunicação da população surda Mara criou a Central de Intérpretes de LIBRAS e Guias- Intérpretes para surdocegos, um serviço que hoje faz parte das
31 subprefeituras de São Paulo, permitindo que as pessoas com deficiência auditiva ou múltipla tenham um atendimento digno ao buscarem informações nos
órgãos públicos.

No inicio deste ano, Mara teve mais um de seus projetos de lei aprovado: o Censo Inclusão. O programa prevê que a Prefeitura faça periodicamente um levantamento
sócio-econômico da população com deficiência na cidade de São Paulo. O objetivo é levantar informações detalhadas do segmento para que possam ser elaboradas
políticas públicas específicas voltadas à inclusão destas pessoas.

Estes são alguns exemplos do trabalho desenvolvido por Mara Gabrilli, uma política que não pensou em derrubar apenas as barreiras físicas para as pessoas
com deficiência, mas também derrubou obstáculos como o preconceito e a falta de oportunidades.

Seu olhar foi além da construção de rampas, penetrou no ser humano. E é ali que ela empenha sua maior transformação: construir dentro das pessoas um olhar
mais humano, democrático
e de respeito a todas as diferenças. 

 

 

 

1.9.10

Portaria do Ministério do Trabalho

PORTARIA n.º 2.002, DE 19 DE AGOSTO DE 2010

 

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da

atribuição que lhe confere o inciso I do art. 87 da Constituição Federal,

resolve:

 

Art. 1º Fica instituído, no âmbito deste Ministério, Grupo de Trabalho com

vistas a realizar estudos e sugerir modificações na legislação que trata da

inclusão de pessoas portadoras de deficiência física, ou reabilitadas, no

mercado de trabalho.

 

Art. 2º O Grupo de Trabalho terá a seguinte composição:

I - dois representantes indicados pela Secretaria de Relações do

Trabalho, sendo um deles coordenador do grupo;

II - dois representantes indicados pela Secretaria de Inspeção

do Trabalho;

III - dois representantes indicados pela Secretaria de Políticas

Públicas de Emprego.

Parágrafo único. Representantes de outras entidades poderão ser

convidados a contribuir nos estudos.

 

Art. 3º O Grupo de Trabalho deverá apresentar ao Ministro de Estado do

Trabalho e Emprego relatório de suas atividades, no prazo de trinta dias de

sua instalação.

Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado

mediante solicitação fundamentada do Grupo de Trabalho.

 

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

CARLOS ROBERTO LUPI

 

30.8.10

Desafios da inclusão plena

 
Um Artigo que vale muito ser lido. Só podia ser de alguém do RS.
 
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       Desafios da inclusão plena
      Zero Hora
      27/08/2010

      "Infelizmente ainda se veem pessoas agindo como se os plenos direitos que são assegurados às pessoas com deficiência fossem meras concessões, quase caridade.
Nada mais equivocado!"
      Patrícia Alessio

      Estamos vivendo a Semana Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência. Marcos como este têm como objetivo fazer com que a sociedade efetivamente enxergue este
público e que analise criticamente seu comportamento e faça os ajustes necessários. O tema é tão relevante, que organismos internacionais de defesa dos direitos
humanos vêm atuando cada vez mais no sentido de reconhecer, ampliar e garantir direitos às pessoas portadoras de deficiência.

      Infelizmente ainda se veem pessoas agindo como se os plenos direitos que são assegurados às pessoas com deficiência fossem meras concessões, quase caridade.
Nada mais equivocado! Pessoas portadoras de necessidades especiais são titulares de direitos, o que significa dizer que o tratamento muitas vezes diferenciado que
recebem por força de suas peculiaridades é algo a ser respeitado pelos demais como meio de garantir igualdade e, por consequência, dignidade.

      Tudo isso está na Constituição Federal, na Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU), na Convenção Interamericana para Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (OEA), e em leis de todas as esferas.

      Inclusão plena é consectário lógico do indispensável respeito à dignidade humana e se refere não só a vida e saúde, mas também a educação, lazer, profissionalização,
cultura, dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, bem como à participação plena na vida econômica, social, cultural e política. Ao poder
público, cabe oferecer prestações positivas para que estes essenciais direitos possam ser exercidos.

      A nós, cabe fundamentalmente o respeito. Respeito pela diferença como algo que dignifica - não diminui - e que se traduz na observância do espaço, na fila
preferencial, no estacionamento reservado, no amplo acesso ao transporte público etc. Medidas simples, fáceis de serem tomadas por todos nós, cuja omissão diária
contribui para a ampliação do sofrimento para além do que as dificuldades inerentes à condição especial já impõem.

      Mudar a nossa conduta perante esses direitos é o primeiro passo para evoluirmos como sociedade que os reconhece e para nos afastarmos de vez da barbárie que
é não nos irmanarmos com aquele que está ao nosso lado pedindo exclusivamente respeito!


      Patrícia Alessio é defensora pública do Estado, dirigente do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do RS

27.8.10

Óh insensato Senso por que, tanta discriminação no seu viver?

Faz muito tempo que venho dizendo que o senso vem ignorando deficientes e que essa amostragem é uma grande palhaçada. Finalmente, os ou próprios deficientes e suas pseudo instituições, parece que começaram a compreender isso. Embora ninguém tenha tomado nenhuma providência para mudar o fato.
O IBGE vai continuar ignorando os deficientes, e prometendo que no próximo fará a pergunta básica: "Existe alguma pessoa com deficiência na casa? Que tipo de deficiência?" E no próxima palhaçada (Senso), tudo se repetirá. Os deficientes, vão continuar fingindo que estão indignados com isso. Só de blábláblá, sem tomar medidas cabíveis e efetivas para coibir este absurdo.
Eu, sendo uma andorinha sozinha, uma vez que sou deficiente visual, aliás, eu e minha esposa; (já não sou portanto, uma andorinha sozinha), seguiremos o exemplo do IBGE.
Simplesmente vamos ignorar esta palhaçada de senso, vamos nos recusar a participar dessa pantomima, e não vamos responder ao questionário se este não for o questionário completo.
Tem multa a pagar caso eu me recuse a responder? Ótimo, eu tenho dinheiro.
Pago para me sentir digno, mas não aceito ser ignorado e desrespeitado gratuitamente.
 
Marcos André Leandro
 
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Caro leitor,
 
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O jornalista e palestrante Toni Vaz* escreveu um artigo muito pertinente a respeito do Censo IBGE e a pessoa com deficiência. Confiram!
 
Acabei de receber a simpática visita da recenseadora do IBGE. Uma universitária bem preparada que, além deste trabalho, passa roupas para pagar os estudos.
 
Fez todas as perguntas de praxe. Tudo terminado, perguntei: "não vai registrar que nessa casa tem um deficiente?" Ela disse que essa pesquisa é por amostragem, que o sistema (sempre ele – o sistema) é aleatório e ela não tem autonomia para acionar o questionário apropriado.
 
Ora, já disse em outros artigos: não é muito mais difícil contar a população toda de um a um? Por que não se pode perguntar: tem algum deficiente nessa casa? Só na minha rua somos dois. Na rua detrás são mais dois. Ninguém foi contato. Por que isso?
 
Porque se descobrirmos que somos uns 40 milhões de pessoas e não os 25 milhões divulgados pelo IBGE, descobriremos que temos muita força, poderemos exigir, com mais poder, que se cumpram as leis que nos protegem, que se façam as políticas públicas determinadas pela nossa Constituição. Além do mais, a população poderá questionar o que causa tantas deficiências nas pessoas e acabar descobrindo que são: estradas ruins, violência desenfreada, doenças já erradicadas em outras nações, falta de sistemas de tratamento de água e esgoto etc…
 
Mas a falsa estatística também é ruim para a indústria. Diante de números exatos (e elevados) ela poderia desenvolver mais produtos para este público. Venderia mais e pagaria mais impostos, aumentando a já elevada sanha arrecadadora do Governo. Ou seja, a não correta contagem de quantos deficientes tem o Brasil é ruim para todos (ou quase todos…).
 
*Pós-graduado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela Unileste/MG, Curso de Motivação e Gerenciamento de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas, Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, Jornalista, Radialista, membro fundador da Associação dos Deficientes Físicos do Vale do Aço/MG – Adefiva, autor das obras: Para Quem Sonha Ser Vencedor (lançada na 19ª Bienal Internacional de São Paulo), do audiolivro Diálogo Para O Crescimento.
 
Acesse o site
 
Informações retiradas do site:
 
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25.8.10

O TRT da 2ª Região, dá exemplo de inclusão

Nestes dias 25 e 26 de agosto de 2010, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, promove o evento "Somos Iguais"
Mostrando a importância de tratar a todos com igualdade sem discriminação. Um exemplo de inclusão uma vez que, neste tribunal, trabalham mais de 120 pessoas com deficiência. E demonstrando a preocupação com o
bem estar desses funcionários, a presidência do tribunal criou a comissão de acessibilidade que promove as adaptações necessárias, quando há de fato necessidade.
Na abertura de hoje, o presidente declarou sua confiança no trabalho desenvolvido pelas pessoas com deficiência, e repudiou qualquer ato de preconceito ou discriminação.
Disse que não tem nenhuma restrição quanto à candidatos ao cargo de juiz com deficiência até porque, já há juízes com algum tipo de deficiência, atuando no Tribunal.
Hoje no período da tarde, na praça da justiça, localizada no fórum Rui Barbosa, à Av. Marquês de São Vicente, 235, pode-se visitar alguns stands de instituições ligadas a esta causa.
Amanhã dia 26 de agosto de 2010, o evento terá início às 13:00 h, e encerra-se às 19:00 h.
Deixo aqui meus parabéns ao presidente do tribunal, e à comissão de acessibilidade, e meu reconhecimento público, por esta iniciativa de mostrar a todos os demais servidores e jurisdicionados, que de fato,
"Somos Iguais"
 

24.8.10

Tribunal da 2ª Região Ataca de novo

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, não aprende mesmo... A lição contundente e clara dada pelo Desembargador Ricardo Tadeu, que mesmo sendo discriminado por este Tribunal, mostrou como se faz, e hoje, a despeito do preconceito infringido pelo TRT da 2ª região, é Desembargador no Paraná. Ao que parece a lição não foi suficiente.
 
 

Terça-feira, 24 de agosto de 2010

O MPF informou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o descumprimento de decisão do órgão que obriga avaliar pessoas com deficiência apenas no estágio probatório; caso o TRT não altere o Edital, o MPF ajuizará ação civil pública.

O Ministério Público Federal enviou ofício ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região solicitando informações sobre quais providências serão tomadas a fim de adequar o edital do XXXV Concurso para o cargo de Juiz do Trabalho Substituto do TRT 2ª Região ao artigo 43, do Decreto nº 3.298/99, que prevê a realização do exame de compatibilidade da deficiência com as atribuições do cargo durante o estágio probatório. O MPF também informou ao TRT 2ª Região envio de ofício ao CNJ.

O Edital do XXXV Concurso prevê que os candidatos com deficiência sejam avaliados quanto à aptidão em relação à função judicante antes da Prova Objetiva, em desacordo com a legislação vigente.

Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça, por unanimidade, aprovou uma mudança na Resolução 75, que impede a exclusão prévia do candidato com deficiência antes da Prova Objetiva, motivada unicamente pela manifestação da Comissão Multiprofissional a respeito de incompatibilidade da deficiência com as atribuições inerentes à função judicante.

CNJ - Em outro ofício, a procuradora da República, responsável pelo caso, comunicou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o descumprimento, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, da nova versão da Resolução 75.

No documento, a procuradora pede que sejam adotadas medidas cabíveis no âmbito do Conselho Nacional de Justiça para que se faça cumprir a resolução no âmbito do TRT-2.

O novo texto da resolução (Resolução nº 117) determina que a avaliação sobre a compatibilidade da deficiência com a função judicante deve ser compreendida no curso de formação e no estágio probatório a que se submete o candidato aprovado no certame.

Informações no endereço eletrônico do Ministério Público Federal (www.prsp.mpf.gov.br).

10.8.10

Hora de reler este artigo de Luiz Leitão

Te absolvo

 

O deputado Sérgio Ivan Moraes (PTB-RS), embora até ontem ilustre desconhecido do público em geral, não é nenhum neófito em política – "tenho sete mandatos e seis filhos, minha mulher é prefeita (Kelly Moraes, de Santa Cruz do Sul-RS)".

 

Fundador do partido no Rio Grande do Sul, duas vezes prefeito de Santa Cruz do Sul, dois mandatos de vereador e deputado estadual, Moraes estreou na Câmara dos Deputados na atual legislatura empregando irmã e sobrinho em seu gabinete, exonerados após a súmula do nepotismo entrar em vigor.

 

Com toda essa bagagem nas costas, o moço cometeu o desatino de pisotear o princípio básico segundo o qual o voto não aceita desaforo que não venha cuidadosamente embalado com o papel do eufemismo, ao bravatear que está se lixando para a imprensa e a opinião pública, esquecendo-se que foi o conceito que o respeitável público tinha a seu respeito que lhe permitiu angariar os sete mandatos dos quais se jactou perante um País atônito com a falta de lhaneza do até então incógnito emergente do baixo clero.

 

Para começo de conversa, no mínimo em observância às preferências da maioria dos seus 86.299 eleitores que certamente reprovam a sua aguerrida defesa do deputado mineiro Edmar Moreira e muito apreciariam vê-lo julgado com a pitada de isenção que o relator Moraes recusa à causa quando despreza sumariamente os argumentos da comissão de sindicância.

 

Foi assim, com esse quê de arrogância que o deputado mineiro dono do castelo cuja posse era mantida longe das vistas do fisco acabou apanhado na malha fina da opinião pública e, por conseguinte expulso do Partido Democratas, corre o quase desprezível risco de perder o mandato, e acaba de tornar-se réu em ação penal pela suposta autoria de crimes contra a ordem tributária e de apropriação indébita de contribuições previdenciárias, em decisão unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

 

A virulência verbal do deputado Moraes em sua investida contra tudo e contra todos os que ousam exigir-lhe um mínimo de transparência e imparcialidade no julgamento de um de seus pares, misturando alhos e bugalhos - "Pouca vergonha são aqueles que nunca concorreram a nada se intitularem patronos da ética e da moral, é um jornal que não recolhe impostos, é bater no trabalho infantil e usar crianças em novelas" – foi uma deplorável demonstração do conceito de "posse" que alguns parlamentares têm do mandato de representação popular.

 

O espetáculo só não foi mais degradante graças aos dois outros integrantes da comissão de sindicância, Hugo Leal (PSC-RJ) - "Tem de dar continuidade ao processo. Estou esperando um plano de trabalho. Este é um colegiado que analisa a conduta ética do deputado" – e José Carlos Araújo (PR-BA),  presidente do Conselho - "a obrigação do Conselho é apurar tudo que está na representação da Mesa Diretora, feita com base na comissão de sindicância".

 

Luiz Leitão

luizmleitao@gmail.com

23.7.10

Não sabe como se livrar daquele serviço Waala/dada no celular?

Para cancelar o serviço Waala/dada,  enviar msg p/ 22922 com a palavra SAIR. Mas, todas as letras devem estar em maiúsculas.
Coisa horrorosa. Tão fácil para a gente assinar, e tão difícil para se livrar!
Mas, tá aí a receita.
 
 

21.7.10

Brasil, um país de todos... De todos os espertinhos! - Aposentados são descontados sem saber, e sindicatos faturam milhões por ano

O Globo

Contribuição compulsória
(atualizado em 21/07/2010 às 10:06 h)

Aposentados são descontados sem saber, e sindicatos faturam milhões por ano

Por Geralda Doca

O desconto da mensalidade sindical sobre a aposentadoria, feito diretamente na fonte pela Previdência Social, virou uma mina de ouro para os sindicatos. Só em junho, 11 entidades conveniadas ao INSS embolsaram R$ 21 milhões (o equivalente a R$ 252 milhões por ano). O montante provém de 2,167 milhões de aposentados que, todo mês, têm até 2% do benefício descontados no contracheque. A lei que trata do pagamento da aposentadoria permite a retenção desses valores desde que expressamente autorizada pelo segurado, o que não está sendo cumprido.

O desconto é acertado com o Ministério da Previdência pelos próprios sindicatos, que enviam a lista de quem deve ter a contribuição deduzida do benefício. Mas boa parte dos segurados sequer sabe que está pagando a mensalidade.

Isso porque os inativos não recebem cópia do contracheque, que só fica disponível na internet. O desconto indevido só é devolvido em caso de reclamação.

Ainda assim, com apoio do governo, as entidades conseguem dificultar a vida dos aposentados que desejam parar de pagar a mensalidade.

Numa visita do ministro da Previdência, Carlos Gabas, à sede da Confederação Brasileira dos Aposentados (Cobap), na última quarta-feira, ficou decidido que o interessado precisa ir até o sindicato ou associação para pedir o cancelamento pessoalmente.

Não poderá mais fazêlo no banco onde recebe o benefício.

Entretanto, o próprio INSS sabe que existem problemas, pois, a cada auditoria realizada semestralmente, 1% das amostras analisadas é irregular.

A constatação dispara o alerta de que milhares de aposentados podem estar sendo lesados. Foi o que aconteceu com o bancário aposentado Carlos Jorge Guimarães. Ao receber a aposentadoria da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) de fevereiro, ele percebeu que o valor oriundo do INSS estava menor.

Contou que havia dois descontos, de R$ 23 cada, a favor da CUT, referentes a janeiro e fevereiro.

Ao ligar para a Previdência, foi orientado a procurar um posto do INSS. No posto, disseram-lhe para ir até a sede da CUT, onde funciona o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi), para pedir o reembolso e o cancelamento do desconto.

Mesmo tendo cumprido esse processo, contou, o desconto continuou em março: - Estranhei o desconto, achei que era para campanha política. É uma malandragem, pois muita gente nem percebe porque não recebe o espelho do pagamento - afirmou Guimarães.

O presidente do Sintapi, Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, alegou que a entidade está em campanha de filiação e atribuiu o desconto indevido a erros de digitação, que prejudicaram 65 aposentados, segundo ele, desde fevereiro.

- Quanto mais rápido digitar, mais cedo chega o desconto. A conferência não foi bem feita, mas devolvemos o dinheiro para quem reclamou, sem nem discutir. Não interessa para nós nem para ninguém que essa história cresça - disse Luizão.

Uma das explicações para o desconto seria a campanha das entidades sindicais pelo reajuste do salário mínimo. O sindicalista nega.

Mas, segundo o INSS, por conta do aumento do mínimo, o valor repassado aos sindicatos aumentou.

Em dezembro de 2008, esse valor foi de R$ 16,720 milhões. Passou para R$ 19,040 milhões em dezembro de 2009.



Sindicalista admite atos de má-fé

João Inocentini, presidente do Sindicato Nacional de Aposentados (Sindinap), ligado à Força Sindical, admitiu que erros acontecem: - Às vezes, o aposentado autoriza o desconto e depois esquece, mas há também atos de má-fé - disse Inocentini, sem dar detalhes.

O presidente da Cobap, Warley Martins, tem a mesma opinião.

Atendentes do próprio INSS parecem estar familiarizados com o problema, como foi constatado pelo GLOBO ao ligar para o número 135. Ao ser informado da queixa, o atendente aconselhou o repórter a procurar um posto de atendimento ou ir até o sindicato para cancelar o "vínculo".

A mesma orientação foi dada ao se entrar em contato com a OuvidoriaGeral. Gerentes das agências contam que muitos aposentados vão ao INSS com outros tipos de queixa, como empréstimo consignado, e acabam descobrindo o desconto indevido. O problema é maior nas cidades do interior.

- Eles acham que é alguma taxa que vai para o governo - disse um gerente de agência do INSS de Brasília, que preferiu não se identificar.

O presidente do INSS, Valdir Simão, informou que vai investigar as ocorrências envolvendo o Sintapi.

Ele reiterou que os convênios são legais e que são feitas auditorias a cada seis meses para verificar se as entidades têm a ficha assinada pelo associado autorizando o desconto.

Parlamentares que atuam na defesa de aposentados, como o senador Paulo Paim (PT-RS) e o deputado Gilmar Machado (PT-MG), disseram desconhecer o desconto das mensalidades na folha. Paim disse, porém, que convocará as entidades para tratar do assunto em audiência pública.

- A legislação tem que ser cumprida.

A entidade não pode descontar de forma direta e arbitrária - destacou o senador.

- Acho que está se precisando fazer ajustes nessa legislação - emendou o deputado.

21/julho/2010


 

19.7.10

isonomia o que é?

Eis aqui, uma pergunta que fiz no Twitter para alguns políticos e algumas personalidades influentes do Brasil. Será que alguém vai responder?
Mas responder não adianta. o que adianta é resolver. Corrigir a injustiça e a ilegalidade do fato.
 
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Desafio-os a me responderem as perguntas abaixo:
 Exmo. os Srs. Sabem quanto custa mensalmente para uma pessoa cega, contratar um motorista particular? Então me diga:
Por que a isenção para aqueles que não podem dirigir é muito inferior àquela concedida aos que podem dirigir?
Me digam ainda seguindo esta mesma linha de raciocínio o que significa a palavra isonomia?
Agora vejam a definição do dicionário para a palavra acima.
 
isonomia
[Do gr. isonomia.]
Substantivo feminino.
1.Estado daqueles que são governados pelas mesmas leis.
2.Jur. Igualdade de todos perante a lei, assegurada como princípio constitucional.
 
Ué, não estou entendendo... Tem ou não tem alguma coisa errada? A constituição é mentirosa? Ou os legisladores é que o são...
Por que é que eu sendo cego e podendo comprar um carro, não posso ter os mesmos descontos do que um deficiente auditivo ou físico, tem? Sabendo-se que para que eu tenha um carro terei de contratar um motorista, arcando com todas as custas trabalhistas que isto implica, e com o risco de depois de por algum motivo terminar o contrato com este motorista ser por ele processado na justiça do trabalho, e ainda tendo de confiar meu carro, um bem do meu patrimônio a alguém praticamente desconhecido, entre tantos riscos que o deficiente visual corre nesses casos?
Será que é porque vocês pensam que já que sou cego não tenho que estar entre os seres normais, e portanto a idéia é dificultar ao máximo a inclusão desta parcela na sociedade? O que por si só já é outra hipocrisia, já que, tanto se apregoa a chamada inclusão... Até mesmo com a famosa criação de um estatuto do deficiente que vai ser só mais uma lei entre tantas outras desrespeitadas e que, pouco ajuda efetivamente no
bem estar, e na verdadeira inclusão do deficiente visual.
Por que é que aqueles que terão maiores gastos, correrão maiores riscos, tem menos descontos na compra de veículos?
Só gostaria de ter essas respostas, devidamente fundamentadas e não com desculpas bestas ou lamentações do tipo: "É, concordo, mas..."
Vamos lá, alguém pode responder?
Atenciosamente,
 
Marcos André Leandro
(11) 7472-2398
técnico judiciário.
 
@joseserra_@dilmabr @silva_marina @congemfoco @baruerisp @geraldoalckmin_@ibraim_15100 @marcosaleandro @maragabrili @flavioarnspr @betoricha
 
 

10.6.10

motivo de orgulho

Caixas eletrônicos adaptados para pessoas com deficiência aumentam 118% em um ano
 
31/05/2010
 
Estudo revela uma consolidação dos caixas eletrônicos como principal meio para a realização de transações bancárias.
 
Uma pesquisa feita pela Febraban, Federação Brasileira de Bancos, apontou que o número de caixas eletrônicos (ATMs) adaptados para atender pessoas com deficiência
 
existente no país aumentou 118% de 2008 para 2009, chegando a um total de 76 mil equipamentos instalados. Os caixas eletrônicos adaptados já representam
 
44% do parque de ATMs do Brasil, composto por 173 mil máquinas. A pesquisa leva o nome de "O Setor Bancário em Números".
 
O estudo revela uma consolidação dos caixas eletrônicos como principal meio para a realização de transações bancárias, com mais de um terço das 47 bilhões
 
de operações realizadas no ano passado. O Internet Banking vem em seguida, com 20% das operações e aumento de 17,7% na comparação com 2008, devido, sobretudo,
 
pelo crescimento do número de contas de Internet Banking no período, que foi de 8%. Ao todo, o país possui 35 milhões de contas neste setor, por meio das
 
quais é possível realizar operações como transferências, pagamentos, verificação de saldos e extratos, investimentos, entre outras.
 
Já os caixas das agências, que durante muito tempo foram o principal canal de realização das operações bancárias, perderam espaço nos últimos anos e hoje
 
ocupam o quarto lugar no ranking, com 9% do total de operações (4,4 bilhões de transações), revela a pesquisa.
 
A diminuição do número de operações nos caixas ocorreu num período em que houve aumento do número de agências. A pesquisa indica que, em 2009, o total
 
de agências aumentou 5,2% de 19,4 mil para 20 mil pontos. Os Correspondentes (estabelecimentos como supermercados, lotéricas, agências dos correios) registraram
 
um aumento de 38% no ano passado, atingindo 150 mil pontos.
 
Para garantir o crescimento da rede de agências, postos de atendimentos e das operações na Internet, os bancos gastaram, em 2009, R$ 19,4 bilhões em tecnologia,
 
o que inclui hardware, software de terceiros, telecomunicações e infraestrutura.
 
Fonte:
 
MetaAnálise

Vans para transporte de deficientes estão paradas há quatro meses

Vans para transporte de deficientes estão paradas há quatro meses
http://www.deficienteciente.com.br/
 
Transporte está sendo feito por peruas sem condições adequadas
 
Os cadeirantes que precisam do transporte público em Bebedouro (SP) estão sem atendimento adequado há quatro meses. As duas vans adaptadas com elevador que fazem o serviço estão na oficina da prefeitura e não há previsão para que saiam de lá.
 
Uma das vans se envolveu em um acidente em dezembro de 2009 e a outra quebrou em fevereiro. Desde então, o transporte está sendo feito de forma improvisada, por peruas comuns e por causa disso, a solução para os cadeirantes é contar com a boa vontade do motorista para subir e descer do veículo.
 
O responsável pela garagem da prefeitura, Orivaldo Trivioli, disse que as vans ainda estão na oficina porque é difícil encontrar peças de reposição. Uma delas foi fabricada há 13 anos na Argentina. "Os fabricantes não têm mais peças de reposição para esses veículos", afirma.
 
O gerente da empresa responsável pelo transporte em Bebedouro, Claudemir Dias Barbosa, disse que, pela lei, a cidade precisa ter apenas um ônibus adaptado e que a empresa aguarda uma reunião com a prefeitura para resolver o problema. Mas a data dessa reunião, ainda não foi definida.
 
Falta de rampas
As dificuldades dos cadeirantes de Bebedouro não são apenas com o transporte, mas também de locomoção. As calçadas da cidade não possuem locais rebaixados ou rampas de acesso e em alguns locais, só é possível subir com a ajuda de outras pessoas.
 
"Sempre que eu saio, preciso da ajuda de uma pessoa por causa das guias e da falta de rampas", afirma Leandro Cardoso, que é cadeirante.
 
O diretor de Planejamento, Renzo Mathias Fernandes, afirmou que o cronograma do projeto para execução das rampas será apresentado esta semana.
 
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Meu comentário:
Sorte que ainda existem peruas comuns para o transporte. Pior são várias outras prefeituras que nem isso oferecem.
Ainda assim, devemos nos orgulhar do nosso país.
 

Brasil orgulo

Agora, me digam se dá para ter orgulho de um país desse. É que um amigo, me disse que nós só falamos mal do Brasil; mas não dá para falar bem. E, não adianta vir dizer que em outros países as coisas são iguais ou piores, porque é aqui que eu moro, e é aqui que eu gostaria de realmente ter motivos para me orgulhar. Todavia, a notícia acima e as outras abaixo, não me permitem. Se alguém tiver por aí alguma boa notícia me mandem que eu crio um blog com a sujestão do meu amigo. Ele me disse que eu deveria mudar o nome do blog para Brasil orgulho ou criar um com este nome, e postar lá, boas notícias. Mas, acho que seria bem difícil encontrar boas notícias para postar, não é?
 
 

9.6.10

Deficiente auditiva reclama de perícia

Por isso é que sou fã desse ministro.
Por isso que digo, esse é de fato um Juiz.
 
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Consultor Jurídico

Deficiente auditiva reclama de perícia
(atualizado em 08/06/2010 às 15:37 h)

O ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto concedeu liminar determinando reserva de vaga para Mariana Hora, candidata de concurso público do TRE-BA que foi reprovada pela perícia médica. Ao reservar a vaga, o ministro notificou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia para que preste informações sobre o caso e intimou o advogado-geral da União para representá-lo.
Mariana Pedrosa Marinho Hora se inscreveu no concurso para o TRE da Bahia com atestado médico de portadora de deficiência física. Ao ser aprovada, contudo, foi submetida à perícia médica da banca examinadora, que não a considerou deficiente auditiva e a desclassificou do certame.

A candidata, então, impetrou mandado de segurança contra o presidente do TRE-BA, responsável pela publicação do edital com o resultado da seleção. Ela pede, no documento, liminar para impedir tanto sua desclassificação quanto a nomeação dos candidatos classificados depois dela. No mérito, ela pretende voltar para a lista dos classificados com o reconhecimento da sua deficiência auditiva.

O ministro citou o artigo 4 do decreto 3.298/1999, que institui a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. A lei considera pessoas portadoras de deficiências aquelas que têm perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000HZ e 3.000HZ. A candidata apresentou atestado de que sua audição está reduzida a 41,25 dB no ouvido direito e 52,5 dB no esquerdo.

O processo seguirá para a Procuradoria-Geral da República, que deve anexar a ele o parecer do Ministério Público. Após sua devolução ao Supremo, a Ação terá julgamento de mérito.

08/junho/2010


 

site ensina HTML para deficientes visuais

vc repórter:
site ensina HTML para deficientes visuais
10 de setembro
de 2009
 
 
Fruto de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o site com domínio
www.cursodehtml.com.br ensina gratuitamente os conceitos e códigos
básicos da linguagem HTML para deficientes visuais. O curso exige
apenas que o aluno tenha os programas conhecidos como leitores de
tela.
 
Estudantes de graduação de Sistema da Informação, Ricardo Schimidt e
Wallace Colaço desenvolveram o projeto especialmente para pessoas com
cegueira total ou que tenham baixa visão. Ricardo conta que o conteúdo
do curso tem uma linguagem diferenciada. "Todos os livros usam imagens
para explicar as técnicas e nós transformamos isso em texto",
explica.
 
Com o apoio dos leitores de tela, utilizados pelos deficientes visuais
para executar qualquer atividade no computador, os alunos podem
aprender como se cria uma página na Internet. "Quando uma pessoa com
problema de visão acessa um site utilizando um leitor de tela, o
programa lê o que está escrito para que ela ouça. Assim, o conteúdo
foi escrito tomando as precauções necessárias para que os leitores
comuniquem as informações ao interessado de forma adequada", diz
Schimidt.
 
Há dois meses no ar, o site já proporcionou o aprendizado para 30
deficientes visuais e, atualmente, cerca de 50 ainda estão em
andamento. Segundo Ricardo, o resultado tem sido positivo. "Agora com
tudo pronto, o mais difícil é a divulgação. Levamos mais de um ano só
com a pesquisa e levantamento de dados", conta.
 
Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) estima que no ano de 2000 cerca de 24.600.256
milhões de pessoas eram portadoras de algum tipo de deficiência no
Brasil. Destas, 48% tinham algum tipo de deficiência visual. A dupla
também buscou estatísticas sobre as questões de educação e de emprego
voltadas aos deficientes.
 
"O objetivo do projeto é proporcionar a este público novas
perspectivas na integração no meio social, digital e profissional",
finaliza Ricardo.
 
 

8.6.10

OAB discute direitos de deficientes

 

ANO 115 Nº 251 - PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2010

OAB discute direitos de deficientes

A Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto (CDH) da OAB/RS realiza hoje audiência pública para tratar sobre os direitos de pessoas portadoras de deficiência.

O evento será às 18h30min, no auditório Guilherme Schültz Filho, no 2 andar da sede da entidade (rua Washington Luiz, 1110), em Porto Alegre. A entrada

é franca e as vagas, limitadas. Informações no telefone (51) 3284-6426 ou e-mail comissoesespeciaissec2@oabrs.org.br.

OAB faz audiência sobre direitos de PCDs

A Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto, da OAB-RS, realiza hoje, às 18h30min, no auditório Guilherme Schültz Filho (2 andar da sede da OAB), audiência

pública sobre os direitos de pessoas portadoras de deficiência. O coordenador-geral da comissão, Ricardo Breier, destaca que há cerca de 25 milhões de

portadores de deficiência, e 90% deles estão fora do mercado de trabalho. A audiência tem vagas limitadas e entrada franca.

GERAL >

correio@correiodopovo.com.br

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ANO 115 Nº 251 - PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2010

OAB discute direitos de deficientes

A Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto (CDH) da OAB/RS realiza hoje audiência pública para tratar sobre os direitos de pessoas portadoras de deficiência.

O evento será às 18h30min, no auditório Guilherme Schültz Filho, no 2 andar da sede da entidade (rua Washington Luiz, 1110), em Porto Alegre. A entrada

é franca e as vagas, limitadas. Informações no telefone (51) 3284-6426 ou e-mail comissoesespeciaissec2@oabrs.org.br.

 

OAB faz audiência sobre direitos de PCDs

A Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto, da OAB-RS, realiza hoje, às 18h30min, no auditório Guilherme Schültz Filho (2 andar da sede da OAB), audiência

pública sobre os direitos de pessoas portadoras de deficiência. O coordenador-geral da comissão, Ricardo Breier, destaca que há cerca de 25 milhões de

portadores de deficiência, e 90% deles estão fora do mercado de trabalho. A audiência tem vagas limitadas e entrada franca.

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